A Direção-Geral da Aviação Civil (DGCA) da Índia, órgão responsável pela regulação da atividade no país, manifestou-se preocupada após a imobilização de sessenta aeronaves da família Airbus A320 equipadas com motores Pratt & Whitney. A situação é consequência de problemas nas cadeias de suprimentos e atrasos nos trabalhos de manutenção, reparo e revisão geral (MRO) nas máquinas.
Conforme relatado pelo jornal Hindustan Times, 36 aeronaves IndiGo e outras 24 Go First permanecem no solo. Desta forma, os problemas com motores Pratt & Whitney afetam em cheio as companhias aéreas indianas, que usam massivamente o modelo da Airbus.
A Pratt & Whitney garantiu que está trabalhando ativamente para otimizar o desempenho das cadeias de suprimentos e a disponibilidade de peças de reposição em suas diversas instalações. A empresa possui três centros de manutenção na Ásia, localizados na China, Japão e Cingapura.
Uma nova unidade na região reduziria custos e prazos de entrega de peças, otimizando processos. Segundo um representante da Pratt & Whitney citado pelo Hindustan Times, a possibilidade de estabelecer um centro na Índia para apoiar a grande frota de motores fabricados no país foi discutida em reuniões anteriores, embora ainda não tenham sido confirmadas medidas concretas nesse sentido.
As últimas grandes encomendas de operadoras locais consolidaram o domínio da fabricante europeia no país asiático sobre a Boeing, sua principal concorrente. Lá, IndiGo, GO First, Vistara, Air India e Air Asia India operam cerca de meio milhar de aeronaves produzidas pela Airbus. Hoje, todos eles correspondem a variantes da família A320 .
A Pratt & Whitney opera o Centro de Treinamento do Cliente (CTC) em Hyderabad, onde é fornecido treinamento especializado em motores Airbus A320 para engenheiros e técnicos de companhias aéreas nacionais e estrangeiras.
