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A companhia aérea estatal Cubana de Aviación suspendeu de vez todos seus voos regulares entre Havana, Cayo Coco e Buenos Aires após as empresas fornecedoras na República Argentina negarem o fornecimento de combustível.
O Ministério das Relações Exteriores de Cuba denuncia que o boicote por parte dos Estados Unidos: “A Cubana de Aviación buscou inúmeras alternativas para manter as operações que já estavam planejadas e autorizadas pela Administração Nacional de Aviação Civil argentina”, afirmou o Ministério da ilha em um comunicado publicado na quarta-feira em meios de comunicação oficiais.
Segundo informou o órgão governamental, a empresa mista Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF) anunciou em março sua recusa em fornecer combustível para a companhia aérea cubana, resultando em várias reuniões com diretores de transporte na Argentina sem que se obtivesse uma “resposta satisfatória”. O resultado foi a suspensão temporária e que agora se tornou permanente, dos voos regulares entre Cuba e Argentina que estavam em operação há 39 anos.
“A aplicação desta medida arbitrária por parte da empresa YPF Argentina é uma demonstração evidente não apenas da vigência da aplicação do genocida bloqueio dos EUA contra Cuba, mas também de seu caráter extraterritorial, além de violar as regras do comércio internacional”, denunciou o Ministério das Relações Exteriores.
Anteriormente, a companhia aérea estatal declarou que “esta recusa foi estendida a outras companhias aéreas contratadas pela Cubana de Aviación”. Isso ocorreu porque a Cubana não opera na Argentina com suas próprias aeronaves, mas sim sob um contrato de wet-leasing com a companhia aérea espanhola Plus Ultra, como informa o portal parceiro Aviacionline.
Até algumas semanas atrás, a companhia aérea de Cuba operava com um voo semanal entre Buenos Aires/Ezeiza, Cayo Coco e Havana em aeronaves Airbus A330-200 operadas pela espanhola Plus Ultra. Segundo a ANAC Argentina, durante o primeiro trimestre de 2024, a empresa transportou 3.221 passageiros com uma taxa de ocupação de 61%.
Diante dessa situação, a Cubana resolveu que os passageiros afetados e que se encontram em Cuba serão protegidos, sendo enviados de volta em voos de outras companhias aéreas que tenham conexão com a Argentina. Enquanto isso, os demais passageiros poderão receber o reembolso integral dos bilhetes aéreos.
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