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DECEA explica bastidores do acionamento em missões de Busca e Salvamento com aeronaves

Por trás da operação para encontrar e resgatar vidas, existe um intenso trabalho nos bastidores, que envolve uma rede integrada, monitorando possíveis incidentes 24 horas por dia.

Imagem: Luiz Eduardo Perez / DECEA

A atuação dos militares envolvidos em missão de busca e salvamento consiste no emprego de meios da Força Aérea Brasileira (FAB) e inicia com o acionamento do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR), que tem o propósito de localizar e socorrer ocupantes de aeronaves e embarcações em situações de perigo. Esse sistema tem um órgão central, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que é o responsável pelo planejamento, normatização e supervisão da atividade.

Cabe ao Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC), localizado no Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), em Brasília (DF), verificar o sinal de alerta e transmiti-los aos Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáuticos (ARCC), conhecidos como SALVAERO, situados em Brasília (DF), Curitiba (PR), Recife (PE) e Manaus (AM) – e/ou Marítimo (SALVAMAR), que assumem a missão de prestar o serviço de busca e salvamento.

Por força de tratados internacionais, o Brasil é responsável por essas missões em uma área de mais de 22 milhões de km², quase três vezes a extensão continental do país (de 8,5 milhões de km²).

Imagem: DECEA

O SALVAERO tem a responsabilidade de coordenar as operações de busca e salvamento em sua respectiva área de jurisdição por meio de dados recebidos do BRMCC, órgãos de controle de tráfego aéreo ou por demanda do público em geral. Após o acionamento de todo esse sistema, podem ser acionados aeronaves, embarcações e grupos de solo para a missão de busca e salvamento.

Os alertas oriundos de aeronaves ou embarcações são recebidos pelo sistema COSPAS-SARSAT. A rapidez na distribuição e na precisão das informações é determinante para que os Centros de Coordenação e Salvamento cumpram a missão e possam localizar e resgatar os sobreviventes o mais rápido possível.

Esse sistema funciona 24 horas por dia, a serviço da população nacional e os estrangeiros que estejam na área de responsabilidade brasileira. “A aptidão técnica para a execução de uma tarefa é de fundamental importância para se maximizar a probabilidade de sucesso. Dentre da atividade de Busca e Salvamento, isso ganha um peso ainda maior por estarmos tratando de vidas que podem estar em potencial estado de perigo. Logo, todos os Elos responsáveis, seja pelo planejamento, coordenação ou execução das missões de busca e salvamento, devem se manter constantemente treinados e em condições de atuar 24 horas por dia, 7 dias por semana“, afirma o chefe da Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) do DECEA, Major Aviador Bruno Vieira Passos.

Sistema INFOSAR

O DECEA tem priorizado o trabalho de conscientização através de campanhas de divulgação para destacar a importância do registro das balizas pelos proprietários de aeronaves e embarcações. De acordo com o Major Vieira, os proprietários de aeronaves e embarcações que possuem balizas de emergência ELT e EPIRB ou localizadores pessoais (PLB) devem registrar seu equipamento no INFOSAR, sistema do Comando da Aeronáutica destinado ao cadastro de balizas de emergência. “Desde janeiro de 2016, quando o sistema entrou em funcionamento, 8.192 usuários registraram suas balizas, dos quais tiveram exclusões, atualizações de dados e inserções no sistema de registro”, esclarece.

Informações do DECEA

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