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El Al supera o conflito de Israel com terroristas do Hamas e fecha ano com lucro

A El Al, companhia aérea nacional de Israel, superou os impactos do conflito em Gaza para reportar lucros no quarto trimestre e no ano completo. A companhia registrou lucro antes dos impostos de US$ 125 milhões e líquido de US$ 117 milhões, após experimentar um forte quarto trimestre.

A El Al gerou receitas de US$ 2,5 bilhões no ano todo, aumento de 26% no ano a ano, enquanto as despesas operacionais aumentaram apenas 19%, para US$ 2,23 bilhões.

Apesar do conflito em Gaza, com a guerra entre Israel e os terroristas palestinos do Hamas ter ocasionado uma substancial redução no tráfego de passageiros, a El Al diz ter se beneficiado das decisões de companhias aéreas estrangeiras de suspender serviços para Tel Aviv e da sua própria capacidade de ajustar sua rede.

Como resultado, houve um “aumento na demanda” por voos que ultrapassou suas estimativas iniciais e que, aliado a outros fatores, teve um “efeito positivo” em seus resultados do quarto trimestre. A receita do quarto trimestre aumentou 21%, para US$ 678 milhões, e o lucro líquido foi de quase US$ 40 milhões. A empresa afirmou que a tendência positiva se manteve no primeiro trimestre deste ano.

A companhia aérea destaca que, após o início do conflito, conseguiu adicionar serviços extras de passageiros e cargas, apesar da convocação de “centenas” de seu pessoal como reservistas.

A El Al ajustou sua rede de rotas, interrompendo voos sobre o espaço aéreo de Omã e para certos destinos, incluindo Istambul, Marrakech e Sharm el-Sheikh, e antecipou o fim dos serviços sazonais para Marselha, Nice e Tóquio.

A companhia adiou a abertura de rotas para Delhi e Mumbai na Índia e pretende suspender seu serviço para Joanesburgo a partir de março. A operação Sun D’Or da El Al manteve uma ponte aérea com Polônia e Moldávia ao abrir voos de passageiros para Varsóvia e Chisinau.

As receitas de voos de passageiros aumentaram 31% no último ano, enquanto as receitas de carga caíram 16%. A El Al atribui o declínio na receita de carga ao aumento da capacidade de carga disponível em aeronaves de passageiros estrangeiras, bem como os preços significativamente mais baixos para o transporte marítimo.

A empresa afirma, no entanto, que o negócio de cargas teve um aumento substancial desde o início do conflito, devido à menor atividade de companhias aéreas estrangeiras e à situação geopolítica no Mar Vermelho, que reduziu a demanda por transporte marítimo em Israel.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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