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Em encontro com MPOR, BNDES promete ajuda e afirma que priorizará refinanciamento para aéreas

Boeing 737 MAX 8 da GOL Linhas Aéreas e Airbus A321 da LATAM – Imagem ilustrativa

Nesta quinta-feira (8), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que o Banco atuará com prioridade em relação às companhias aéreas assim que for resolvida a questão da garantia para o refinanciamento.

Nós vamos encontrar um caminho para as aéreas, que são fundamentais para o Brasil”, garantiu, durante o evento da Embratur, no Rio de Janeiro, de comemoração do recorde no turismo internacional no país em 2023.

Nós vamos equacionar. As empresas estão bem, nossa perspectiva é muito boa, mas tem um problema. Ficaram um ano com os aviões no chão (durante a pandemia), pagando equipe, pagando custo de aeroportos, pagando leasing de aeronave. E, por mais que tenha sido sólida essa recuperação, ela foi tardia, com todos os equívocos que nós vimos no passado”, disse ele.

Em conversa com jornalistas, e junto com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filh, o presidente do BNDES explicou que tanto Estados Unidos quanto países da União Europeia, que têm empresas aéreas, encontraram um caminho de refinanciamento devido ao impacto da pandemia no setor. “Nós tivemos uma boa solução com o FGI-PEAC para as micro, pequenas e médias empresas, mas não teve essa mesma solução para o setor estratégico (aéreo) para o desenvolvimento”, explicou.

Segundo Mercadante, o Ministério da Fazenda é o responsável por definir qual o instrumento e a solução para o setor e o BNDES dará prioridade assim que for resolvida a questão da garantia. “É prioridade por ser um setor estratégico, que gera renda, desenvolve o Brasil e que é fundamental para um país desse tamanho”, destacou, ressaltando o bom momento da economia, com queda na taxa de juros e crédito mais barato. “Em um momento em que o país está retomando o crescimento, o setor aéreo é vital para a economia, não só para o turismo, mas para os negócios, os empresários e as atividades produtivas.

O ministro Silvio Costa Filho admitiu que os órgãos de governo estão trabalhando incansavelmente em busca de alternativas para alavancar e estimular o crescimento do modal aéreo. “Nós estamos focados em apresentar um pacote de ações que possam servir para que as aéreas possam se recuperar economicamente dos prejuízos ocasionados pela pandemia de Covid-19. A reunião com o BNDES serviu para ampliarmos as possibilidades do pacote de ajuda ao setor”, mencionou Costa Filho.

No final de janeiro, o ministro Costa Filho se reuniu com Rui Costa, ministro da Casa Civil, representantes do Ministério da Fazenda e da Petrobras, além de executivos das companhias aéreas. Na ocasião, o ministro afirmou que o governo está engajado em debater alternativas para minimizar os custos operacionais das companhias aéreas. “Em breve, vamos apresentar ao país e, sobretudo, as empresas um plano de fortalecimento da aviação brasileira”, concluiu Costa Filho.

Recorde no turismo

O evento no Rio de Janeiro celebrou a injeção de R$ 34,5 bilhões do turismo internacional na economia brasileira em 2023, superando em 1,5% a quantia arrecadada em 2014, ano da Copa do Mundo. O valor superou a meta do Plano Nacional de Turismo, de acréscimo de 8,58% na receita internacional em 2023, com um crescimento anual de 41%.

De acordo com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, os dados revelam que o Brasil está pronto, voltou ao roteiro do turismo internacional, e o resultado mostra a importância da iniciativa privada em conjunto com a iniciativa pública.

Com informações do BNDES

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