Em vídeo, alerta sobre os riscos da soltura de balões é feito pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo

Cena do vídeo apresentado abaixo – Imagem: DECEA

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) publicou nesta semana um vídeo para reforçar o alerta, que já é amplamente feito pela aviação brasileira, sobre os riscos gerados pela soltura de balões não tripulados por todo o país:

Segundo o DECEA, por mais que pareçam distantes, os ambientes de aviões e balões de ar quente se cruzam, o que traz riscos a todos os envolvidos.

Mesmo assim, a prática continua sendo bem comum no País. De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), a cada ano, cerca de 100 mil balões são soltos no Brasil.

Essa atividade é considerada crime em várias situações, pois coloca em risco as aeronaves e dificulta ou até inviabiliza a navegação aérea, conforme estabelecido no Artigo 261 do Código Penal. A prática também pode ser considerada crime ambiental, pois pode causar incêndios em áreas florestais e urbanas.

Na esfera da Aeronáutica, medidas vêm sendo adotadas para amenizar o problema. O Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, destaca que o DECEA está atento para a questão envolvendo os balões não tripulados.

“Além de ser crime, põe em risco a aviação, a vida das pessoas e o meio ambiente. A Força Aérea Brasileira realiza um trabalho de conscientização por meio de campanhas educativas sobre o risco que essa prática representa para a aviação”, afirma o Brigadeiro do Ar.

O Oficial-General explica que são adotados também procedimentos quando um balão é avistado. A primeira ação tomada pelos controladores de tráfego aéreo ao receber esses reportes é notificar todos os operadores na vizinhança sobre o avistamento do balão. Os pilotos são alertados quanto a esse tipo de ocorrência por meio do ATIS, uma mensagem periódica gravada que informa sobre as condições do aeroporto e suas proximidades.

O CENIPA mantém um banco de dados em seu site, em que as pessoas que avistam um balão na rota de aeronave podem comunicar ao Órgão. Esses relatos permitem manter uma base de dados para que a comunidade aeronáutica possa fazer pesquisas, bem como medidas protetivas a serem tomadas por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e das Administrações Aeroportuárias.

A conscientização da população é tão fundamental quanto seu engajamento contra essa irregularidade. Qualquer cidadão pode realizar uma denúncia sobre essas infrações por meio da Polícia Militar, no 190, ou o pelo Disque Denúncia de sua região.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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