O presidente-executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto, acredita que o recente sucesso da empresa na venda de jatos regionais para transportadoras norte-americanas indica uma melhora na situação da escassez de pilotos no país. Ele fez esses comentários durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre da Embraer, no dia 6 de novembro.
Gomes Neto afirmou que as melhorias observadas provavelmente levarão a mais vendas do modelo E175 no mercado norte-americano.
A Embraer recebeu mais pedidos de companhias aéreas norte-americanas nos últimos meses, sugerindo uma demanda crescente por jatos regionais. A SkyWest Airlines encomendou 19 jatos regionais E175 para operação da United Airlines, enquanto a American Airlines encomendou quatro E175 para a companhia aérea regional subsidiária Envoy Air. Isto segue pedidos anteriores da American Airlines em junho e reflete um aumento na demanda após um período de pedidos lentos.
Embora a Embraer veja sinais de melhora na escassez de pilotos, a Regional Airline Association (RAA) discorda. A RAA afirma que as principais companhias aéreas continuam a contratar a um ritmo mais rápido do que a taxa de emissão de novas licenças de piloto, indicando que a escassez persiste. A falta de pilotos resultou na consolidação de voos em mercados maiores, levando à redução do serviço em cidades menores.
A escassez de pilotos tem sido um problema significativo para muitas companhias aéreas dos EUA, especialmente para as transportadoras menores, nos últimos anos. Algumas companhias aéreas tiveram que estacionar jatos ou até mesmo encerrar as operações devido à incapacidade de contratar pilotos suficientes para atender à demanda.
Os fatores que contribuem para a escassez incluem a redução de pessoal durante a pandemia da COVID-19 e a exigência dos EUA de que os novos pilotos tenham um mínimo de 1.500 horas de voo antes de trabalharem em grandes companhias aéreas de passageiros.
Têm sido feitos esforços para enfrentar estes desafios, tais como a proposta de um aumento na idade limite dos pilotos de linha aérea e a flexibilização da regra das 1.500 horas.
