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Embraer: do ‘sofrimento’ após a queda do acordo com a Boeing ao futuro focado na inovação

Foto: Embraer (Divulgação)

Nesta semana, durante o Embraer Media Day 2022, que acontece em São José dos Campos, o CEO da fabricante brasileira, Francisco Gomes Neto, sinalou que a não concretização do acordo com a Boeing provocou “sofrimento”, dado que a empresa se havia preparado fortemente para a conclusão da parceria, reportou o site parceiro Aviacionline.

“Começamos a reintegrar a divisão Comercial da Embraer. Foi um processo doloroso e caro, mas estamos prontos em todos os aspectos”, acrescentou.

Apesar disso, e em conjunto com a crise provocada pela pandemia, assegurou que a empresa recuperou rapidamente e procurou-se a continuidade do negócio, com foco na garantia do fluxo de fundos.

“Em 2020, sabíamos que a crise terminaria em algum momento. Criamos um plano estratégico de 5 anos para seguir um caminho de crescimento sustentável”, disse Gomes Neto.

No ano passado o panorama mudou e eles caminharam para a recuperação, tendo obtido um resultado financeiro positivo, com EBIT de US$ 260 milhões, e um forte foco em vendas que possibilitou a criação de uma carteira de aeronaves pendentes de entrega de US$ 17 bilhões. 

De toda forma, o ano de 2022, tal como 2021, continua a ser de recuperação, mas não isento de desafios, como a inflação, que disse afetar toda a indústria e para a qual se procuram ferramentas para a mitigação. Acrescentou ainda que as dificuldades nas cadeias de abastecimento dificultam a redução da pegada, mas que vão avançar. Por outro lado, o período de 2023-2026 será o de retorno ao crescimento.

Isso será possível a partir de cinco pilares, afirmou Gomes Neto: aumentar o portfólio de vendas; alcançar mais eficiência na empresa por meio de aspectos como redução do ciclo produtivo, foco na produtividade e geração de renda; alcançar alianças estratégicas, onde colocou como exemplo a Eve, empresa que também teve bons resultados em 2021; inovação, que ele referiu como o principal motor de crescimento e que foi responsável por 40% do faturamento nos últimos cinco anos; iniciativas ESG como geradoras de boas oportunidades; e segurança e qualidade acima de tudo, tanto para seus colaboradores quanto para clientes.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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