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Embraer nega que fará avião concorrente da Airbus e da Boeing

Divulgação – Embraer

O rumor de que a Embraer está planejando desenvolver uma aeronave de maior porte, para competir com a Airbus e a Boeing, foi desmentido pela fabricante brasileira.

A informação foi divulgada hoje pela manhã pelo The Wall Street Journal, um dos mais importantes jornais do mundo financeiro no mundo, afirmando que fontes na Embraer disseram que está sendo preparado um plano para desenvolver um avião de corredor único que vai concorrer com o 737 da Boeing e com o A320 da Airbus.

A Embraer estaria “preparando as bases, incluindo a avaliação de possíveis requisitos de carga e alcance“, além de estar sondando investidores na Arábia Saudita, Turquia, Índia e Coreia do Sul.

Por outro lado, a Embraer informou em nota oficial que, apesar de ter a capacidade de desenvolvimento, não está planejando nenhuma nova aeronave maior no curto e médio prazo.

“A Embraer certamente tem capacidade para desenvolver uma nova aeronave de um corredor (narrowbody). No entanto, temos um portfólio jovem e de muito sucesso de produtos desenvolvidos nos últimos anos, e estamos realmente focados em vender esses produtos e tornar a Embraer maior e mais forte”, disse um porta-voz da Embraer à agência de notícias Reuters.

Fontes na fabricante confirmaram ao AEROIN que nenhum estudo está sendo conduzido no momento e que a diretoria continua a considerar o risco de entrar neste mercado do 737 e A320 como alto, já que até o projeto da Embraer estar pronto, outras tecnologias de propulsão e de design já devem estar mais maduras, com risco do novo avião “ficar ultrapassado rapidamente”, principalmente pela concorrente Airbus que está num momento melhor que a brasileira e a americana.

No passado, o CEO da Embraer já tinha destacado essa posição, afirmando que é o momento da fabricante brasileira focar em vender mais aviões e ampliar rentabilidade, sem querer dar passos maiores antes disso.

Vale destacar que outros projetos futuros já em desenvolvimento, como o novo turboélice TPNG e a família Energia, estão praticamente parados, esperando uma nova geração de motorização, que tem sido a grande aposta não só da Embraer, mas da indústria, para fornecer de fato um avião significativamente mais vantajoso, econômico e sustentável.

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