Empresa africana não cuida direito do seu avião Embraer e agora não poderá usá-lo

Foto: Air Botswana

A Air Botswana optou por contratar operadores terceirizados a fim de viabilizar sua rede de rotas regulares depois que seu único jato Embraer E170 foi proibido de voar pela Autoridade de Aviação Civil de Botsuana (CAAB) por razões de segurança. Por sua vez, a companhia aérea estatal disse que a decisão foi mútua.

“A companhia aérea contratou a Embraer de forma proativa para aconselhamento técnico sobre alguns dos problemas recorrentes com a aeronave. Atualmente, a companhia aérea está implementando o plano corretivo recomendado, do qual quatro de cinco recomendações foram concluídas. No momento da parada, a aeronave não estava programada para qualquer operação comercial e, como tal, a segurança do público não foi de forma alguma comprometida”, disse a empresa, segundo reportes da imprensa local.

Questões relacionadas à segurança da Air Botswana vêm sendo levantadas há alguns meses, sempre sendo rapidamente rebatidas pela empresa aérea. Em fevereiro, a companhia chegou a publicar em suas redes sociais um memorando falando de suas políticas de segurança.

O jato era usado, principalmente, em voos regionais, especialmente para a Cidade do Cabo (África do Sul), Lusaka (Zâmbia) e Harare (Zimbábue), rotas de até duas horas partindo de Botsuana. Com a retirada da aeronave E170, a rota tem sido feita a partir do aluguel de equipamentos de outras empresas, entre elas a CemAir e a Africa Charter Airline. Os seus turboélices ATR também têm apoiado na manutenção da malha.

A CAAB disse que a suspensão do Certificado de Aeronavegabilidade da aeronave permanecerá em vigor até que a Air Botswana tenha realizado satisfatoriamente todas as inspeções e tarefas recomendadas pela Embraer e pelo regulador, e a aeronave seja considerada apta para a liberação para serviço.

ATUALIZAÇÃO: após alguns dias parado, a autoridade de aviação de Botsuana liberou novamente os voos do E-Jet, por entender que a empresa aérea foi capaz de mostrar que todos os itens pendentes de manutenção foram remediados.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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