Algumas empresas aéreas já começaram a tornar públicas suas decisões de evitarem voos com destino à Rússia e até mesmo aqueles que cruzam o espaço aéreo do país euro-asiático.
O Grupo Lufthansa, por exemplo, utilizou-se de suas redes sociais neste domingo, 27 de fevereiro, para comunicar ao mercado em geral que deixará de voar pelo espaço aéreo da Rússia ao longo de pelo menos os próximos sete dias.
Em nota através do perfil da Lufthansa Cargo no Twitter, a empresa afirma:
“Devido aos desenvolvimentos dramáticos em andamento no conflito Rússia-Ucrânia, a @Lufthansa_Cargo não usará mais o espaço aéreo russo. Os voos das companhias aéreas de passageiros para a Rússia serão suspensos. A @Lufthansa_Cargo voará ao redor do espaço aéreo russo através de uma rota ao sul.
Isso fará com que os ajustes no horário dos voo e na carga útil dos aviões sejam inevitáveis. Os desenvolvimentos são atualmente muito dinâmicos para antecipá-los totalmente. Em nosso site vamos mantê-lo informado sobre as alterações diárias do nosso horário de voo.”
This will make adjustments to the flight schedule and payload unavoidable. The developments are currently too dynamic to fully anticipate them. On our website https://t.co/6UQSlJvbGv, we will keep you informed about daily changes to our flight schedule.
— Lufthansa Cargo (@Lufthansa_Cargo) February 27, 2022
Conforme informado pela divisão cargueira, os voos de passageiros da companhia com destino a aeroportos na Rússia também deixarão de ocorrer nestes sete dias.
A própria divisão de transporte de passageiros da Lufthansa também emitiu um breve aviso sobre isso:
“A Lufthansa não usará o espaço aéreo russo nos próximos sete dias devido à situação regulatória atual e emergente. Os voos para a Rússia serão suspensos durante este período. Continuamos a monitorar a situação de perto e estamos em contato próximo com as autoridades.”
Lufthansa will not use Russian airspace for the next seven days due to the current and emerging regulatory situation. Flights to Russia will be suspended during this period. We continue to monitor the situation closely and are in close exchange with the authorities.
— Lufthansa News (@lufthansaNews) February 26, 2022
Além da alemã Lufthansa, outra que já tornou oficial a decisão foi a finlandesa Finnair. Em nota, ele afirma que se junta a muitas outras companhias aéreas europeias e suspende seus voos no espaço aéreo russo por uma semana, preparando-se, assim, para as possíveis mudanças regulatórias futuras.
Porém, enquanto a Lufthansa informou o desvio de certas rotas pelo sul da Rússia, a Finnair declarou que está cancelando parte de seus voos para aeroportos da Ásia, além daqueles para a própria Rússia.
“A Finnair cancela seus voos de passageiros e/ou carga para Seul, Osaka, Tóquio, Xangai e Guangzhou na Ásia e para Moscou e São Petersburgo na Rússia entre 28 de fevereiro e 6 de março. Os voos para Hong Kong já foram antes cancelados até o final de março.
A Finnair continua a operar voos de passageiros e/ou carga para Bangkok, Phuket, Cingapura e Delhi, mas redireciona os voos para evitar o espaço aéreo russo. Isso aumenta os tempos de voo em aproximadamente uma hora.”
A Finnair está comunicando os cancelamentos de voos diretamente aos clientes que têm reservas nos voos cancelados e afirma estar fazendo o possível para redirecionar os clientes para seus destinos em outros voos. Os clientes também podem solicitar um reembolso total do bilhete não utilizado.
Além disso, a Finnair fez alterações em sua política de reembolso. Os clientes podem cancelar seu voo e solicitar um reembolso se tiverem um voo para a Coreia do Sul, Japão ou China entre 27 de fevereiro e 13 de março. Também é possível um reembolso total para voos para a Rússia.
A decisão sobre o uso do espaço aéreo russo após 6 de março será tomada posteriormente pela Finnair, conforme as possíveis mudanças regulatórias se tornarem claras.
