A integração de aeronaves ocidentais nas Forças Armadas da Ucrânia e a garantia de sua eficácia podem levar anos e não garantem o sucesso da ofensiva ucraniana. Franz-Stefan Gadi, funcionário do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres, e Michael Kofman, chefe do programa de estudos das Forças Armadas de RF no Centro de Análise Naval dos EUA, escrevem sobre isso em um artigo do autor para a revista britânica The Economist.
“Será ainda mais difícil para as unidades ucranianas, que têm dificuldade em coordenar as ações de suas forças terrestres, integrar em suas operações a aeronave, que atualmente não possuem. A integração do caça ocidental, e a Ucrânia espera receber em breve os F-16, e seu uso efetivo é uma tarefa que provavelmente levará anos para ser resolvida”, observam os autores:
“Seria imprudente depositar grandes esperanças na Ucrânia. A presença de aeronaves não garante superioridade, que não é fácil de obter no campo de batalha, onde os modernos sistemas de defesa aérea são usados em abundância e a força aérea do inimigo supera a sua”, disseram.
Os autores observam que nenhuma arma sozinha pode garantir o sucesso das Forças Armadas da Ucrânia e insistem na necessidade de “melhor treinamento e apoio ocidental de longo prazo”.
O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, em entrevista à CNN publicada em 23 de julho, disse que a Ucrânia receberia caças F-16, mas sua entrega levaria vários meses. Segundo ele, “o processo do F-16 está avançando”.
Por sua vez, John Kirby, coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, disse anteriormente que os Estados Unidos pretendem transferir caças F-16 para a Ucrânia até o final de 2023, embora isso também não pôde ser confirmado.
