No final de abril, o AEROIN apresentou as informações da polêmica que envolveu um desafio patrocinado pela Red Bull, em que dois pilotos paraquedistas colocaram seus aviões Cessna 182 em mergulho rumo ao solo e saltaram para fora do cockpit, com o objetivo de cada um assumir o avião do outro.
Um deles completou o objetivo, porém, o outro não conseguiu, já que um dos aviões saiu do controle e terminou destruído no solo, enquanto o piloto abriu seu paraquedas para a descida sem a aeronave.
Apesar do Cessna 182 perdido, tudo não passaria de um fracasso do desafio, porém, no dia seguinte, veio à tona um documento da Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, mostrando que a agência reguladora havia negado, na sexta-feira antes do desafio, o pedido do piloto Luke Aikins.
No pedido, ele havia solicitado uma isenção, para ele e para o outro piloto, Andrew Farrington, da regra da Seção 91.105(a), que prescreve que durante a decolagem e o pouso, e enquanto estiver em rota, cada tripulante de voo requerido deverá:
(1) estar no posto de tripulante, a menos que a ausência seja necessária para desempenhar funções relacionadas à operação da aeronave ou em conexão com necessidades fisiológicas; e
(2) manter o cinto de segurança afivelado enquanto estiver no posto de tripulante.
Apesar da negativa da FAA na sexta-feira, Aikins decidiu que levaria o desafio adiante por sua conta e risco, o que por si só já representaria uma negligência passível de punição, mesmo que não houvesse terminado na queda da aeronave.
Assim, na última terça-feira, 10 de maio, a FAA emitiu uma “Ordem Emergencial de Revogação”, em que suspende as certificações de pilotagem dos pilotos e solicita que devolvam suas licenças à agência imediatamente.
Segundo reporta a CNN, a FAA também propôs uma multa de US$ 4.932 contra Aikins por “abandonar seu assento de piloto e operar uma aeronave de maneira imprudente”. Aikins e Farrington podem recorrer das revogações e multa.
