EUA libera caças F-16 para a Ucrânia, mas general americano dá alerta para ter cuidado

Em breve a Ucrânia poderá receber os tão desejados caças Lockheed Martin F-16 Falcon, mas um general americano alertou que nem tudo são “flores”.

F-16 holândes | Foto – DepositPhotos

Os EUA liberaram o pedido de exportação feito pela Dinamarca e Países Baixos para transferência de caças F-16 para a Ucrânia. Hoje, os dois países da OTAN têm um total de 72 caças F-16 dos modelos A e B, porém com diversas modernizações.

Ainda não está confirmado quantos caças serão enviados para a Ucrânia, mas um pequeno grupo de pilotos ucranianos já iniciou o treinamento em simuladores e é esperado que estejam habilitados até julho do ano que vem.

No entanto, para o General James Hacker, Comandante da Força Aérea dos EUA na África e Europa, ainda assim será muito prematuro o uso destes aviadores no F-16, segundo informa o portal Breaking Defense.

O General possui mais de 3.600 horas de voo, e pilotou os caças F-15C Eagle (do qual também foi instrutor na chamada Top Gun da USAF), F-22 Raptor, o Cessna C208 Caravan, o T-38 Talon, além do helicóptero HH-60 Pave Hawk e o drone MQ-1 Predator.

“Eles preciamsa ainda de mais treinamento em aviões a hélice, e depois irem para a França para voar em um Dassault-Dornier Alpha-Jet para pegar mais experiência. Tudo isso toma tempo, e isso não vai acontecer até o final do ano, então vai demorar para se ver F-16s na Ucrânia”, aponta o General, indicando que os pilotos designados para o Falcon não são os que estavam na ativa quando a Rússia invadiu a Ucrânia.

Para o oficial, muitos dos aviadores têm pouca experiência de voo no total e não são pilotos amadurecidos. “Demora bastante tempo para ter esquadrões de F-16 prontos, e para manter eles num nível alto de proficiência. Vamos estar falando de 4 ou 5 anos à frente”, conclui o General.

Como doutrina da USAF e da própria OTAN, o F-16 não age como caça isolado, mas sim faz missões completas acompanhado de outros caças, apoio terrestre e aéreo. Na visão americana realizar ataque isolados só é considerado “produtivo” quando o espaço aéreo já estiver dominado por completo, podendo exercer as missões de ataque ao solo sem preocupações do lado ar, semelhante ao que ocorreu no Afeganistão durante toda a invasão e também durante maioria da parte das duas Guerra do Iraque.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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