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Exportação de 39 aeronaves da Embraer reforça balança comercial brasileira, destaca BNDES

Embraer 195-E2 – Imagem: Embraer

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informa que, por meio de seu financiamento, a balança comercial do país ganhou reforço com a exportação de mais 39 aeronaves da Embraer.

São três contratos distintos – com a Skywest Airlines, Inc, a American Airlines e a Azorra Aviation Holdings LLC – que somam o equivalente a mais de R$ 7 bilhões em exportação de bens de alta tecnologia e alto valor agregado. As operações terão financiamento no valor de cerca de R$ 6 bilhões do BNDES para a fabricante brasileira de aviões sediada em São José dos Campos (SP).

O BNDES ressalta que, além de promover o desenvolvimento da indústria nacional de bens tecnológicos, as exportações de aeronaves ampliam e mantém empregos de elevada qualificação e geram divisas importantes para a economia do país.

“Trata-se de operações estratégicas alinhadas à política brasileira de apoio à exportação e estão inseridas em um esforço maior empreendido pelo Governo Federal de trazer mais competitividade às exportações brasileiras e incentivar a atuação das empresas nacionais no mercado internacional”, explica a instituição em seu comunicado.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que o financiamento às exportações das aeronaves da Embraer é fundamental para o Brasil.

“O BNDES, como agência de crédito à exportação brasileira, tem, entre os seus objetivos, oferecer condições que garantam igualdade de competitividade ao exportador brasileiro no mercado internacional, gerando emprego e renda no Brasil”, pontuou.

Para Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer, a fabricante e o BNDES têm uma relação sólida e de longo prazo, e o apoio que será recebido para a exportação de aeronaves é fundamental para consolidar o crescimento e ampliar a nossa presença global.

“A atuação do Banco não beneficia apenas a Embraer, mas contribui também para a geração de milhares de empregos de alta qualificação no Brasil e para o aumento da exportação de produtos de alto valor agregado”, complementou o executivo da Embraer.

O Banco já aprovou e contratou sete operações de financiamento à exportação da empresa, totalizando 67 aviões comerciais (até R$ 10 bi em financiamento) com entregas previstas até 2025.

O contrato com a companhia aérea SkyWest Airlines, Inc, permitirá a exportação de 10 jatos E-175 da Embraer modelo E-175 (até 76 passageiros). Já a American Airlines teve financiamento aprovado pelo BNDES para a aquisição de até 11 jatos E-175.

A venda de até 18 jatos dos modelos E-195-E2 (de até 146 lugares) e E-190-E2 (de até 114 lugares) foi firmada com a empresa norte-americana Azorra Aviation Holdings LLC, especializada em aquisição e leasing de aeronaves para a operação de companhias aéreas comerciais.

Apoio histórico

Desde 1997, ano do primeiro apoio do BNDES à Embraer, o Banco financiou cerca de US$ 25,6 bilhões à exportação e 1.300 aeronaves da fabricante. No período, as operações contratadas possibilitaram à empresa concorrer no mercado internacional em igualdade de condições com suas concorrentes. O apoio do Banco complementa o financiamento provido pelo mercado privado.

“Este ano foi o melhor dos últimos dez em aprovações de financiamento às exportações da Embraer”, ressaltou o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, referindo-se a 2023.

Ele lembrou que, desde a pandemia de Covid-19, o setor enfrentou impactos substanciais, com redução significativa na aquisição de novas aeronaves e redução da oferta de crédito internacional, e, neste cenário, ao oferecer previsibilidade com os financiamentos à exportação e impulsionar a retomada de vendas da empresa, o BNDES desempenha seu papel estratégico na agenda de neoindustrialização do Governo Federal.

Seguro de Crédito à Exportação

Das três operações recém aprovadas, duas (American Airlines e Azorra) contaram com o Seguro de Crédito à Exportação (SCE) com lastro no Fundo Garantidor de Exportação (FGE) e recolherão aproximadamente R$ 300 milhões em novos prêmios de seguro para o fundo.

De natureza contábil e vinculado ao Ministério da Fazenda, o FGE tem como finalidade dar cobertura às garantias prestadas pela União nas operações do SCE.

O seguro garante as operações de crédito à exportação contra os riscos comerciais (não pagamento por falência ou mora), políticos (moratórias, guerras, revoluções, entre outros) e extraordinários (desastres naturais) que possam afetar a produção ou a comercialização de bens e serviços brasileiros no exterior.

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