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FAA muda a exigência de testes em motores turbofan quanto à ingestão de aves

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) aprovou, em 4 de abril, uma regra nova destinada a garantir a segurança de aeronaves em casos onde o motor engole aves em fases críticas do voo. A regra exige a realização de testes para certificar que os turbofans são capazes de suportar aves em “bando médio”, cujo peso não ultrapasse 2,5 libras (1,1 kg), e em situações em que o motor não está funcionando a alta potência.

A medida faz parte de um processo longo de estudos e revisão dos processos e chega 14 anos após o voo 1549 da US Airways ter tido que fazer um pouso forçado no rio Hudson, após os dois motores ingerirem aves e perderem a potência. Os experientes pilotos conseguiram executar um pouso no rio e salvaram todos os passageiros, embora cinco tenham ficado gravemente.

Na época do acidente, os regulamentos existentes exigiam que os turbofans fossem testados com aves de pequeno e médio porte enquanto operavam com 100% de empuxo de decolagem. No entanto, o NTSB descobriu que o motor do voo 1549 estava operando a 80% da velocidade do fan quando ingeriu as aves, o que aumentou o risco de danos.

Como resposta, a FAA escreveu uma nova regra para lidar com a ingestão de “aves em bando médio” e “velocidades mais lentas do fan”. Esta regra requer um teste envolvendo a ingestão de um pássaro de tamanho médio a 483 km/h, em motores trabalhando na “velocidade mais baixa esperada e cruzando a 3.000 pés”.

Assim, a regra da FAA visa garantir a segurança de aeronaves, realizando testes de resistência aos efeitos da ingestão de pássaros, mesmo quando os motores não estão funcionando com a potência máxima. Esta regulamentação foi motivada pelo incidente de 2009 do voo 1549 da US Airways, cuja causa foi a ingestão de pássaros.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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