FAA publica Diretriz para evitar perda do estabilizador horizontal do Boeing 777

Imagem: Kevin Bosc, via Unsplash

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos emitiu em 26 de maio uma diretiva de aeronavegabilidade (DA) que visa evitar a perda potencial do estabilizador horizontal do Boeing 777. A motivação foi o relato de “rachaduras encontradas na antepara do pivô, corda externa dianteira de uma determinada estação”.

Após uma análise, a FAA identificou “tensões de flexão mais altas na corda do que originalmente avaliadas”, resultando na publicação da diretiva para lidar com a possível rachadura, reporta o site britânico Simple Flying.

De acordo com a diretiva, as companhias aéreas que operam aeronaves como Boeing 777-200, 777-200LR, 777-300, 777-300ER e 777F terão que realizar inspeções repetitivas detalhadas e de correntes parasitas de alta frequência (HFEC) da corda externa dianteira da antepara do pivô de um determinado estação e encaixe mais longo.

Estima-se que a diretiva afete 223 aeronaves registradas nos Estados Unidos. Custos estimados para as inspeções serão de US$ 850 para mão de obra e US$ 3.540 para peças. Se a inspeção resultar em uma condição exigida, os operadores deverão gastar US$ 2.380 com mão de obra e, possivelmente, custos adicionais de US$ 40.950 por aeronave por lado.

Várias partes comentaram sobre a DA, incluindo Air Line Pilots Association, International, Air France, FedEx e United Airlines. A FAA analisou as preocupações das transportadoras e permitiu algumas alterações de custos, mas negou outras como as horas de trabalho estimadas e as instruções de acesso.

A diretiva entra em vigor em 30 de junho de 2023.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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