Os fabricantes de aeronaves comerciais terão um prazo adicional de 18 meses para cumprir uma exigência europeia de instalação de sistemas de proteção contra saída de pista durante a produção de aeronaves recém-construídas.
O adiamento do prazo – de 1º de janeiro de 2025 para 1º de julho de 2026 – foi motivado pelas dificuldades encontradas pelos fabricantes de aeronaves no desenvolvimento e certificação de equipamentos de conscientização e alerta de extrapolação de pista. Tais sistemas utilizam cálculos de potência durante a aproximação e o pouso para prever o ponto em que a aeronave irá parar, e comparar isso com o comprimento da pista.
Vários detentores de certificado de tipo têm enfrentado “dificuldades significativas”, reconhece a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) em uma opinião formal. Como resultado, certos tipos de aeronaves “não estarão equipados a tempo”, diz. “Em alguns casos, a data pode ser cumprida, mas sem margem, e um risco de atraso é identificado”.
A divisão canadense da Airbus – que produz o A220 – bem como a Boeing, a ATR e uma série de fabricantes de jatos executivos, incluindo Bombardier e Gulfstream, são as “mais preocupadas”, diz a EASA, embora a Embraer e a Dassault também tenham problemas específicos.
A EASA afirma que os fabricantes atribuem os problemas a várias causas, incluindo interrupções na cadeia de fornecimento pós-pandemia, prazos de fornecedores de aviônicos e “desafios imprevistos de certificação”.
Alguns citam um início tardio de desenvolvimento e o tempo necessário para a maturidade do sistema, enquanto também há questionamentos sobre a viabilidade econômica para tipos de aeronaves – como um modelo específico da Dassault – que estão se aproximando do fim da produção.
A EASA elaborou a opinião de adiamento após consulta com vários fabricantes, e está formalmente submetendo a proposta à Comissão Europeia.
