Início Indústria Aeronáutica

Com fechamento de aérea, Boeing 737 encerra sua história civil no Chile

Jato agora só será operado por militares no país.

Receba as notícias em seu celular, acesse o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.

Boeing 737
Boeing 737-300 da ONE Airlines, que fechou as portas

Com o fechamento da empresa ONE Airlines, o Chile deixa de ter o Boeing 737 operado comercialmente após 40 anos de muita história.

O portal parceiro Aero-Naves, do colega Ricardo Delpiano, fez um interessante levantamento sobre a história do mais popular dos aviões da era do jato, que no Chile foi operado por 21 companhias aéreas diferentes.

Tudo começou com o Breguinha

O primeiro 737 a chegar no país foi com a LADECO (Línea Aérea Del Cobre) em 1980, com um exemplar do modelo 737-200. A concorrente LAN Chile, que anos mais tarde iria comprar a própria LADECO, também adquiriu o jato da Boeing logo depois.

O 737-200 ganhou asas no Chile através das companhias: Aero Chile, AeroContinente Chile, AeroDesierto, Aerovías DAP (Mineral Airways), Aerolíneas del Sur / Air Comet Chile, Avant, Chilean Airways, ChileJet, Global Air, LAN (LATAM), LAN Cargo, LADECO, National Airlines, PAL Airlines, SABA, SKY e Southeast Pacific Airways.

O último Breguinha (apelido que o -200 ganhou no Brasil) em operação foi o da Mineral Airways / Aerovías DAP, que foi retirado de serviço no ano passado. Este modelo faz parte da geração “original” do 737, enquanto o sucessor -300 passou a fazer parte da geração Classic.

O 737-300 foi utilizado no Chile desde 1990 até 2020 pelas empresas ChileJet, Futura International Airways, LADECO, ONE Airlines, PAL Airlines e SKY Airline.

A terceira geração do jato, a Next Generation, ou simplesmente NG, foi utilizada por apenas uma companhia aérea “chilena”. As aspas são porque a empresa não era bem chilena, por assim dizer.

A Hamburg Chile Airlines voou entre 2000 e 2001 com um 737-700NG, fazendo voos turísticos para o Caribe em nome da Iberojet. O jato tinha matrícula alemã D-AWOH, já que a empresa foi uma joint-venture da Hamburg International Airlines com empresários chilenos.

E o futuro?

Desde a saída dos Classics, o Chile tem sido dominado pela concorrente Airbus com o seu A320. As maiores empresas do país – LAN/LATAM, SKY Airline e JetSmart – optaram pelo jato europeu para seus voos de curta duração.

E com todo o problema envolvendo o 737 MAX e a crise do Coronavírus, é bem improvável que alguma empresa compre um 737 ou uma nova empresa seja criada e opte pelo avião americano.

Até lá, ficará limitado à Força Aérea do Chile operar o 737 no país. Os militares chilenos contam com dois 737-300QC (Quick Change, que podem ter os assentos retirados e virar cargueiro, contando inclusive com uma porta dianteira de carga), além do 737-500 presidencial.

Apesar de tudo, ainda será possível ver jatos 737 no país além dos militares. As companhias estrangeiras Aerolíneas Argentinas, Copa Airlines e a brasileira GOL operam o jato para o Chile regularmente (ou ao menos operavam até a pandemia).

Receba as notícias em seu celular, acesse o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.

Sair da versão mobile