Uma outra aeronave com capacidade para pousos em pistas muito curtas e não preparadas chegou ao Brasil vinda do Chile para apoiar no resgate no RS.
Após uma viagem que durou mais de 9 horas, com escalas nas cidades argentinas de Neuquén, Bahía Blanca e Buenos Aires, a Força Aérea do Chile (FACH) alcançou um novo marco em sua história aeronáutica, ao deslocar uma aeronave DHC-6 Twin Otter da IIIª Brigada Aérea, com sede na cidade de Puerto Montt, para prestar apoio ao governo brasileiro, que está lidando com as repercussões das intensas chuvas que assolam o sul há mais de uma semana, causando graves inundações e forçando mais de 600 mil pessoas a se deslocarem.
A aeronave, com duas tripulações a bordo, pousou perto da meia-noite de segunda-feira, 13 de maio, na Base Aérea Santa Maria da Força Aérea Brasileira, localizada no estado do Rio Grande do Sul, próximo às fronteiras com o Uruguai e a Argentina, uma das regiões mais afetadas pela emergência.
Ao chegar, o Comandante da missão, Gonzalo Silva, expressou a disposição da tripulação em ajudar as pessoas que estão sofrendo, destacando que os meios institucionais estão prontos e à disposição das autoridades locais para realizar missões que ajudem a superar as condições atuais.
Estima-se que nas próximas horas se iniciem as programações de missões para transporte de carga humanitária, medicamentos, evacuação de pessoas isoladas, entre outras, através do comando de operações estabelecido na Base Aérea Santa Maria.
Hasta #Brasil llegó una aeronave DHC-6 Twin Otter de la IIIª Brigada Aérea #FACH, para apoyar en misiones de traslado de ayuda humanitaria, medicamentos y evacuación de personas aisladas, a la comunidad afectada por las intensas lluvias ocurridas en los últimos días.@mindefchile pic.twitter.com/X16conxoF6
— Fuerza Aérea de Chile (@FACh_Chile) May 14, 2024
O DHC-6 é uma aeronave turboélice canadense, com largas asas e configurações de flapes que permitem aproximações íngremes, pousando com apenas 320 metros e decolando com 360m, a chamada capacidade STOL – Short Take-Off and Landing. Ele é bastante utilizado em países insulares e até na Antártica, operando em locais com infraestrutura próxima de 0.
O uso desse avião em locais que continuam com acesso dificultado no Rio Grande do Sul pode ser de grande valor para as vítimas das enchentes. Veja mais detalhes dessa aeronave num voo que o AEROIN realizou anos atrás:
