Gigante avião Antonov An-124 volta ao Brasil com voo especial para cidade do interior paulista

Imagem: GRU Airport

O An-124 Ruslan, o maior avião cargueiro em operação atualmente, realizará mais uma viagem para Campinas, no interior de São Paulo. O modelo atualmente detém o título de maior aeronave de carga do mundo, o qual foi assumido após a destruição de seu “irmão” mais novo e maior, o An-225 Mriya, durante a invasão russa à Ucrânia em 2022.

A Antonov Airlines, companhia aérea da fabricante ucraniana homônima, atualmente exilada em Leipzig, na Alemanha, continua a realizar voos em todo o mundo, incluindo rotas para o Brasil.

O retorno do gigante dos céus An-124 ao espaço aéreo brasileiro demonstra a continuidade de suas operações de transporte de carga em escala global, apesar das adversidades enfrentadas pela empresa controladora. A programação do voo, conforme consta do registro de voos autorizados da ANAC, é a seguinte:

DIA 15 DE JUNHO – O gigante avião tem previsão de decolar da Ilha do Sal (Cabo Verde) às 4h da manhã e aterrissar em Campinas às 11h35 do mesmo dia. O número do voo é ADB-3787.

DIA 16 DE JUNHO – No voo de retorno, a previsão é decolar de Campinas às 3h da madrugada, com destino a Buenos Aires-Ezeiza. O número de voo desta etapa será o ADB-3788.

Um gigante

Um dos maiores aviões do mundo e símbolo da indústria ucraniana, o Antonov An-124 Ruslan, completou no final do ano passado 40 anos do seu primeiro voo. A aeronave tem 69 metros de comprimento e 21 metros de altura, podendo levar até 150 toneladas de carga, apesar de seu recorde pessoal em operação comercial ser de 135 toneladas, quando em 1993 levou um gerador elétrico da Siemens, da Alemanha para a Índia.

De origem soviética e construído em território ucraniano, o An-124 tem nome oficial Ruslan e codinome Condor na OTAN, mas no Brasil já ganhou o carinhoso apelido de “Toninho” por parte de entusiastas de aviação. A alcunha surgiu por causa do seu “irmão maior” e mais novo, o Antonov An-225 Mriya, que foi o maior avião comercial do mundo por trinta anos, até ser destruído na invasão russa no início deste ano.

Ao todo 55 aeronaves foram produzidas entre 1982 e 2004, sendo operado principalmente em países que eram membros da ex-União Soviética ou do Pacto de Varsóvia. Hoje, ele voa na Força Aérea Vermelha da Rússia e nas companhias aéreas Volga-Dnepr, Maximus Air Cargo e pela própria fabricante, a Antonov, que tem sua própria empresa aérea de carga.

No Brasil, a aeronave já esteve presente em inúmeros aeroportos, incluindo Campinas, Confins, Guarulhos, Galeão, Salvador, Recife e outros.

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Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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