A migração de pilotos para fora do Brasil está forte e agora é a GOL Linhas Aéreas perder profissionais para a Flydubai. A empresa de baixo-custo dos Emirados Árabes Unidos é parceira do grupo Emirates e opera uma frota de 77 jatos Boeing 737-800NG, 737 MAX 8 e MAX 9, praticamente os mesmos modelos utilizados pela GOL.
Historicamente, empresas árabes fazem recrutamentos no Brasil, de tripulantes de cabine e pilotos, mas agora esse movimento teria intensificado. Desta forma, até 50 pilotos que estavam na GOL teriam sido contratados pela Flydubai, segundo o blog Viajando com o Luiz informou.
Em contato com alguns aviadores da companhia, o AEROIN confirmou a informação e foi atualizado de que a “deserção” estaria acontecendo pelo número baixo de horas voadas por mês na companhia, em comparação com a Azul e a LATAM. Isso interfere diretamente na remuneração dos pilotos.
Além disto, existe uma fila de pilotos não formados da GOL, que estavam no treinamento inicial quando a pandemia atingiu o mercado. Este pessoal não foi contratado efetivamente por causa da redução drástica dos voos e está de “stand-by” até hoje, com contrato vencendo em julho, podendo ser renovado para mais outro período.
O vaivém no mercado de pilotos também está ocorrendo na LATAM, que tem contratado comandantes diretamente e recebeu protesto por parte de seus copilotos. Já a Azul tem perdido também aviadores para a própria LATAM.
As companhias estrangeiras estão mais interessadas do que nunca nos brasileiros. Isso é reforçado pelo processo de recrutamento da WizzAir no Brasil, amplamente divulgado pelo AEROIN, que também atraiu dezenas de pilotos que estão na ativa nas companhias aéreas nacionais.
