O uso de aeronaves de fora da companhia pode ser um recurso a mais da GOL Linhas Aéreas em breve, mas com aviões vindo da Abra. Isso, no entanto, pode representar desafios, pois as frotas do futuro grupo têm características distintas.
Tradicionalmente, durante a alta temporada, a Gol costumava fazer acordos com a Transavia, uma companhia aérea holandesa de baixo custo do grupo Air France-KLM. Nesse caso, durante o inverno brasileiro, a Gol alugava aeronaves para a companhia europeia e, da mesma maneira, durante o inverno europeu a Transavia enviava aeronaves ao Brasil.
Agora, com a negociação da companhia brasileira com o Grupo Abra, do qual a Avianca Colômbia também faz parte, a Gol poderia passar a receber aeronaves das empresas-irmãs para atender à demanda da alta temporada brasileira. Isso foi o que indicou o presidente da aérea, Celso Ferrer, durante a apresentação dos resultados da empresa.
“Como uma sinergia com a Abra, uma coisa que podemos fazer no futuro é alugar deles, mas até lá, vamos manter a parceria de sempre com a KLM e Transavia. Estamos estudando a continuidade deste tipo de operação para dezembro próximo, ou se não o seguinte”, disse Ferrer.
O executivo apontou que, por ora, não existe ainda uma demanda que justifique o aluguel de aeronaves de fora, dado o processo ainda em progresso da recuperação do tráfego que existia antes da pandemia.
Esse movimento, entretanto, pode ter um problema, já que a Gol é a única empresa do grupo Abra que opera hoje jatos Boeing, o que pode complicar o empréstimo por outras empresas do grupo, que só voam aviões da Airbus, já que a companhia não poderia voar com as aeronaves com tripulação estrangeira. A ver o que acontece nesse caso.
