A Gol registrou um prejuízo líquido de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre, as primeiras demonstrações de resultados divulgadas desde que entrou com pedido de proteção contra falência (Chapter 11) em janeiro.
O prejuízo é comparado a um lucro líquido de R$ 231 milhões no mesmo período de 2022, refletindo o impacto de R$ 1,1 bilhão de perdas com câmbio e outros itens não recorrentes no quarto trimestre.
Em contrapartida, a Gol reportou quase o dobro de lucros em nível operacional, registrando ganhos antes de juros e impostos (EBIT) para os últimos três meses de 2023 de quase R$ 1,2 bilhão.
A Gol aumentou as receitas em quase 7% para R$ 5 bilhões no quarto trimestre, com os níveis de passageiros praticamente estáveis em 7,8 milhões. A taxa de ocupação subiu quase quatro pontos para 84%. O desempenho da receita foi acompanhado de uma redução nos custos operacionais de 6% no trimestre para R$ 3,86 bilhões.
A receita anual subiu 12% em 2022 para chegar a R$ 17 bilhões, transportando 30 milhões de passageiros durante 2023.
“A empresa manteve-se focada na eficiência operacional através de uma frota otimizada e gestão de yield, além de se dedicar à entrega contínua de excelência nos produtos oferecidos aos clientes”, declara a Gol.
O tribunal americano que está cuidando do processo de falência da Gol concedeu à companhia a autorização para acessar até $1 bilhão de financiamento de devedor. A Gol planeja que todos os serviços de passageiros, voos de carga da Gollog, seu programa de fidelidade e outras operações continuem durante o processo de reestruturação.
