GOL tinha 14% da frota parada quando pediu Recuperação Judicial

Aviões Boeing 737 GOL Congonhas

A GOL Linhas Aéreas estava com uma boa porcentagem da sua frota sem voar quando decidiu entrar em Recuperação Judicial nos EUA. O dado divulgado hoje pela Folha de São Paulo aponta que a companhia informou ter 20 aviões parados na véspera da sua Recuperação Judicial nos EUA, o chamado Chapter 11.

Essa quantidade é equivalente a 14,5% da frota da companhia, considerando os 138 jatos que ela tem hoje registrados em seu nome. A quantidade de Boeing 737 parados da companhia é notável quando se olha para seu Centro de Manutenção no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.

Boa parte deste acúmulo de aviões parados não é resultado da reestruturação, mas sim o que a gerou. A empresa pretendia devolver estes 737-700 e 737-800, mas os vários atrasos da Boeing para entregar o 737 MAX acabaram atrapalhando o cronograma.

Para colocar estes jatos de volta à ativa enquanto os MAX não chegavam, estendendo seu período de operação, ela precisaria enviar mais aviões para fora do país para manutenção, adquirir mais peças, aumentar contrato com fornecedores e renovar os acordos de leasing (aluguel). Tudo isso virou uma bola de neve, já que a empresa já operava no máximo com sua capacidade própria de manutenção nos seus hangares em São Paulo e BH.

Agora foi revelado que ao menos 5 destas aeronaves irão para os EUA, para serem operados por uma companhia aérea de ultra-baixo-custo.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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