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Governo Milei vence primeira batalha para privatizar a Aerolíneas Argentinas

A Aerolíneas Argentinas e Trenes Argentinos serão privatizadas. O governo da Argentina aprovou, na Câmara dos Deputados, a nova Lei de Fundamentos e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos. Essa iniciativa legislativa, composta por 232 artigos, é descrita pelo próprio presidente, Javier Milei, em suas redes sociais como “um primeiro passo fundamental para resgatar a Argentina do atoleiro”.

Como informa a mídia argentina, segundo a nova lei, nove empresas, incluindo Aerolíneas Argentinas, Rádio e Televisão da Argentina, Energia Argentina, Correios Argentinos e Trenes Argentinos, poderão ser privatizadas. Além disso, duas outras empresas poderão incorporar capital privado, como a Nucleoelétrica Argentina, responsável pelas usinas nucleares.

Embora a norma ainda precise ser referendada pelo Senado Nacional, Milei já iniciou o “desmantelamento” de algumas das empresas a serem privatizadas.

Este é o caso da Trenes Argentinos, cujo presidente, além de ordenar a supressão de serviços e cancelar licitações importantes, planeja demitir cerca de 3.000 funcionários até junho – 15% da força de trabalho. Com essas demissões, espera-se uma economia anual de 13 bilhões de pesos argentinos. No entanto, serão necessários 56,4 bilhões de pesos para indenizações.

Além disso, segundo informações do Diagonales, para o segundo semestre do ano, o governo nacional planeja outras 3.000 demissões na Trenes Argentinos. Os principais cargos afetados estão relacionados à operação do serviço, ou seja, maquinistas ou inspetores, principalmente dos trens de longa distância e regionais. Por outro lado, as áreas administrativas não serão tão afetadas pelas demissões em massa.

Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.