“Governo não pode criticar preços de passagens e não fazer nada”, diz CEO da Azul

O CEO da Azul Linhas Aéreas voltou a criticar os movimentos do governo para pressionar o preço da passagem aérea para baixo, mas sem contrapartida.

A principal crítica de John Rodgerson, um dos fundadores e atual CEO da Azul, é que o governo não tem mudado a política de preços do querosene de aviação vendido pelo Petrobrás.

Por que um país produtor de petróleo deveria pagar mais pelo combustível de aviação do que a Suíça, que não produz petróleo? O que estamos pedindo é que tratem as companhias aéreas como seriam tratadas em qualquer outro lugar do mundo”, afirmou o CEO em entrevista à Bloomberg.

Por outro lado, ele elogia a iniciativa do governo para abrir uma linha de crédito para as aéreas, que segundo ele “pode trazer mais aeronaves para o país“. Este crédito, se concretizar, deverá ser feito pelo BNDES com garantias do FNAC – Fundo Nacional de Aviação Civil.

Esta linha seria uma contrapartida para que as aéreas aderissem ao Programa Voa Brasil, que se iniciou como um projeto para que as pessoas aposentadas voassem em assentos vazios comercializados por apenas R$200, mas está se transformando num agregador de promoções feito pelo governo para reunir passagens no mesmo valor.

“Você não pode ter um governo que critica os preços e não faz nada para corrigir isso”, disse Rodgerson, apontando que Brasília quer mais passagens aéreas baratas mas que não colabora com a redução dos custos, mas mesmo assim hoje a companhia é rentável: “As tarifas hoje no Brasil estão em um nível em que podemos ganhar dinheiro”.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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