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Homem enlouquece em voo, enquanto enfermeira luta para administrar medicamento que salva vidas

No dia 25 de junho, um episódio desconfortável foi registrado para os passageiros de um voo da Alaska Airlines, quando um homem, identificado como Christian David Burch, de 37 anos, foi suspeito de uma overdose na aeronave que voava de Minneapolis para Anchorage, nos Estados Unidos.

De acordo com um relatório apresentado por um investigador do FBI e repercutido na mídia americana, duas horas e meia após o decolagem, os comissários de bordo escutaram um grito vindo do banheiro. Quando os comissários se aproximaram, encontraram Burch enfurecido.

Ele então se dirigiu à área da Primeira Classe, porém foi impedido pela equipe. Pensando ser um problema médico relacionado com overdose, por conta dos itens portados pelo homem, os comissários sentaram Burch em um assento da classe econômica, com ajuda de outros viajantes.

Uma enfermeira de folga, que também estava no voo, se ofereceu para auxiliar. Ela indicou Narcan, um medicamento usado para reverter efeitos da overdose de opioides. Enquanto a equipe de bordo ia buscar o medicamento, Burch tentou se levantar e iniciou uma luta. Para conter o problema, três passageiros da Primeira Classe se uniram aos comissários e imobilizaram Burch.

A enfermeira conseguiu aplicar o medicamento e Burch parou de resistir. No entanto, o homem começou a sofrer hemorragia nasal, espalhando sangue no corredor e em quem o segurava.

Infelizmente, o caso teve complicações. Um comissário de bordo sofreu arranhões no pescoço e nas mãos, enquanto Burch tentou asfixiá-lo. Após a confusão, Burch confessou ter tomado drogas contendo HHC, no entanto negou ter usado opioides, afirmando ter apenas tido vertigem dentro do banheiro.

Burch agora enfrenta várias acusações e seu julgamento está previsto para iniciar em setembro deste ano. Como a acusação máxima é de “interferência com tripulantes” (quando atrapalha o trabalho dos tripulantes, tendo ou não relato de agressão), ele pode ser sentenciado até 20 anos de prisão.

Graças à enfermeira e os três passageiros da Primeira Classe, o incidente pode ter sido controlado antes de causar mais problemas. A administração do remédio pode ter salvo as vidas dos passageiros e, agora, a luta se dará na corte.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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