IATA cobra resolução maior de acidentes para aumentar a segurança aérea

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DUBAI, Emirados Árabes Unidos – A falta de resolução eficaz e dentro dos prazos de investigações de acidentes aéreos tem atrapalhado a segurança da aviação, aponta a IATA.

A Associação Internacional do Transporte Aéreo revelou os dados mais recentes envolvendo investigação de acidentes aeronáuticos, e destacou a importância de ter as investigações concluídas no prazo.

“A aviação é uma indústria que aprende com seus próprios erros, mas não tem como aprender sem saber onde erramos” afirmou Nick Careen, Vice-Presidente Sênior da IATA para Segurança de Operações, durante a 80ª Assembléia Geral Anual da Associação.

No Anexo 13 da Convenção de Chicago da ICAO, a agência da ONU para a aviação, é previsto que um relatório preliminar seja publicado em até 30 dias após o acidente, algo que não é seguido por vários países, inclusive o Brasil.

Já o relatório final deve ser publicado em até 12 meses após o acidente, e neste tempo entre o preliminar e o final, é esperado que várias atualizações da investigação sejam feitas.

Mas os dados mais recentes apontam que apenas 52% dos acidentes aéreos, totalizando 132 casos, não tiveram seu relatório final publicado ainda, atrapalhando a mitigação de riscos já existentes, mas ainda não conhecidos por completo, que podem afetar operações atuais e futuras.

Boa parte desta demora é causada por falta de investimento e comprometimento dos governos com a segurança da aviação, dando pouca ênfase e estrutura para que as organizações de investigação façam um trabalho ágil e preciso.

Ainda assim, 2023 foi registrado como um dos anos mais seguros da aviação, sem nenhuma perda total de jatos na aviação comercial e apenas com 2 acidentes com turboélice em que as aeronaves ficaram completamente destruídas.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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