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A incrível filmagem de um Boeing 787 “criando nuvem” no céu

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Em algum momento da sua vida, você já deve ter olhado para o alto em um daqueles dias de céu completamente azul, e notado as bonitas linhas brancas que os aviões às vezes deixam lá em cima. Mas que tal ter o privilégio de estar nas alturas vendo o momento exato da formação dessas linhas? É esse privilégio que mostra o vídeo que você verá daqui a pouco!

Embora muitos desinformados, ao verem as chamadas “contrails” (condensation trails, ou trilhas de condensação), acusem de se tratar de lançamento de substâncias químicas, vale lembrar que o fenômeno não tem nenhuma relação com tais fatores. Assim como também não tem ligação com foguetes ou mísseis cruzando o céu.

O que acontece é que a umidade quente que sai dos motores a jato dos aviões, resultante da combustão, entra em contato com o ar extremamente frio da alta atmosfera. Ocorre, então, um resfriamento rápido que causa a condensação da umidade, levando ao surgimento da trilha branca, que nada mais é do que uma espécie de nuvem formada instantaneamente.

O fenômeno nem sempre ocorre, pois depende de condições certas de temperatura e umidade também da atmosfera para que a umidade do motor não se disperse sem se condensar. Mas, havendo as condições adequadas, lá estará a trilha deixada para trás da aeronave.

No vídeo que você verá logo abaixo, publicado em 2017 por um piloto de Boeing 747, é possível notar de forma bastante detalhada esse fenômeno. O piloto gravou um Boeing 787 que cruzou abaixo de seu Jumbo com uma diferença de altitude de 1000 pés, ou cerca de 300 metros, que é a separação mínima padrão nos voos em altas altitudes.

Note que a trilha de condensação se origina exatamente atrás dos dois motores, logo que o ar quente esfria-se o suficiente ao se misturar com o ar muito gelado da alta atmosfera.

Note também um outro fator interessante que essa filmagem proporciona observar, relacionado à aerodinâmica do voo de uma aeronave. A circulação de ar gerada pelas pontas das asas é tão intensa que faz a trilha ganhar o aspecto circular que você vê nas bordas do rastro de condensação.

Isso acontece porque há mais pressão na parte de baixo da asa do que na de cima (por isso o avião voa, é essa pressão que o sustenta), e essa maior pressão da parte de baixo escapa na ponta da asa para a menor pressão de cima, gerando o fluxo de ar rotativo.

Confira a seguir o bonito vídeo da passagem do Boeing 787 abaixo do Jumbo, e repare nos detalhes descritos acima. Depois, logo abaixo do vídeo, aproveite para ver outros casos interessantes de filmagens feitas como essa, lá nas alturas!

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