As obras de instalação do sistema de parada de aeronaves com área de escape, o EMAS, no Aeroporto de Congonhas já foram iniciadas.
Inédito na América Latina, o EMAS – acrônimo de Engineered Materials Arrestor System, ou Sistema de Materiais de Engenharia para Detenção de Aeronaves – será instalado no aeroporto mais central da maior cidade do país, elevando o patamar de segurança operacional do aeródromo.
O EMAS é um sistema composto por materiais que reduzem a velocidade da aeronave, que acaba afundando e atolando na sua superfície, sem sair da pista e sem causar grandes danos ao avião, como demonstrado no vídeo abaixo.
Ele se assemelha muito às áreas de escape que há em algumas rodovias brasileiras, compostas por brita e outros materiais, e que servem para os caminhões e ônibus pararem caso percam o freio na descida.
“Nesta fase, serão realizados fundação, estaqueamento e demais serviços civis necessários à infraestrutura metálica que dará suporte à instalação do sistema EMAS”, afirmou a Infraero em seu LinkedIn. A administradora também comenta que o investimento chega a R$ 122 milhões.
As obras começaram na cabeceira 17R, entre o fim da pista e o suporte do Sistema de Luzes de Aproximação (ALS), próximo à Avenida Washington Luís. Esse é o mesmo local onde o fatídico voo TAM3054 saiu da pista e causou o maior acidente aeronáutico do país.
Apesar do relatório do CENIPA apontar como causas principais da saída da aeronave da pista a potência contínua em um dos motores, que estava com o reverso inoperante (embora este recurso não seja utilizado para cálculo de pista), outros fatores que contribuíram para a tragédia foram a falta de aderência do pavimento, falta de escoamento, além de ter pouca margem para erro, vis-à-vis a criticidade do aeroporto. Esse último ponto será mitigado pelo EMAS.