A implementação do Sistema de Pouso por Instrumento (ILS) no Aeroporto de Londrina, está encontrando obstáculos em seu caminho. A Força Aérea Brasileira (FAB) declarou que, neste momento, não há planos concretos para a aquisição desse equipamento.
O posicionamento da FAB contradiz o que foi anteriormente divulgado pela Prefeitura de Londrina durante um evento de anúncio de investimentos em obras de modernização, realizadas pela CCR Aeroportos, a concessionária do aeroporto.
Na ocasião, conforme noticiou o AEROIN na época, foi anunciado que o aeroporto receberia investimentos de R$ 185 milhões para melhorias, visando a triplicar a capacidade da estrutura. Parte dessas melhorias incluía a implementação do ILS, que permitiria que o aeroporto operasse mesmo sob condições climáticas adversas, como chuvas intensas, o que atualmente não é viável.
De acordo com a prefeitura, a responsabilidade pela aquisição e implantação do ILS recai sobre o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), um órgão da Força Aérea Brasileira subordinado ao Comando da Aeronáutica e ao Ministério da Defesa.
No entanto, a FAB esclareceu em nota enviada à RPC que “não cabe ao DECEA a obrigatoriedade de aquisição e instalação do referido equipamento (ILS). A FAB ressalta que não há previsão de aquisição, nesse momento, de um ILS CAT 1 para o Aeroporto de Londrina.“
A concessionária CCR Aeroportos também se pronunciou, destacando que “o contrato de concessão deixa claro que o ILS não é de responsabilidade da concessionária. Que não se inclui no objeto da concessão a prestação dos serviços destinados a apoiar e garantir segurança à navegação aérea, sendo atribuição exclusiva do poder público.”
Embora a CCR tenha planejado melhorias na infraestrutura para a implementação do ILS, a compra do aparelho não está incluída em suas responsabilidades.
Em resposta às crescentes preocupações, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), afirmou que estão em andamento negociações para a aquisição do ILS com recursos federais, em colaboração com o DECEA. Ele acrescentou que a concessionária solicitará formalmente a instalação do equipamento, o que será seguido por um esforço político para garantir o apoio do governo federal, inclusive com a participação do presidente Lula (PT), que já demonstrou apoio à iniciativa.
Com a Força Aérea Brasileira reiterando que não adquirirá o equipamento, a prefeitura enfatizou sua responsabilidade de pressionar politicamente, em conjunto com os parlamentares locais, para acelerar o processo. O prefeito já teve conversas com o presidente Lula e representantes do Ministério da Defesa e da Aeronáutica para agilizar esse importante projeto.
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