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Jatinho russo que fez misterioso voo no Brasil tem pouso e sobrevoo negados no Paraguai

Divulgação – Bombardier

O jato executivo Bombardier Global 6000 de matrícula russa que visitou o Brasil tentou ir ao Paraguai, mas teve a entrada negada. A aeronave de matrícula russa RA-73550 é um Bombardier Global 6000, de fabricação canadense e um dos maiores jatos executivos do mundo na atualidade.

Ele esteve recentemente no Brasil, passando por Rio de Janeiro, São Paulo-Guarulhos, Foz do Iguaçu e Manaus, sendo a segunda visita ao país em menos de 12 meses como mostramos aqui.

As paradas curtas e que não são para reabastecimentos já que o Global 6000 voa sem restrições do Brasil para qualquer ponto na Europa, África ou Américas, chamou a atenção e deu um clima de suspeita sobre a aeronave, dado que a Rússia está com fortes sanções colocadas por países ocidentais.

Agora, mais detalhes da viagem foram revelados pela mídia do Paraguai, que seria um dos destinos do Global russo, mas teve o pouso ou sobrevoo proibidos pelas autoridades do país vizinho.

Durante a visita à América do Sul no ano passado, este mesmo jato também foi ao Paraguai levando a bordo o magnata russo Andrei Leonidovich Kostin, dono de um grande banco da Rússia, como informa o periódico paraguaio La Nación.

Este empresário está na lista de sanções dos EUA desde 2014, quando a Rússia fez a primeira invasão da Ucrânia utilizando soldados sem identificação e que também levou ao abatimento do jato civil Boeing 777 da Malaysian Airlines.

Sua proximidade e conivência com o governo de Vladimir Putin são vistas como apoio à agressão russa contra os ucranianos e, por este motivo, Kostin não é bem vindo na maioria dos países ocidentais, e quem o ajudar nesta empreitada poderá ser sancionado pelos EUA e seus aliados.

O Paraguai negou sua entrada por achar suspeita a aeronave relacionada à um empresário russo sancionado fazer a rota Foz do Iguaçu – Ciudad del Este – Foz do Iguaçu, que é normalmente feita à pé ou de carro, já que são cidades vizinhas e apenas separadas apenas pelo Rio Paraná, que é cruzado diariamente por milhares de pessoas através da Ponte da Amizade.

Uma funcionária paraguaia chamada Luisa Llerena chegou a autorizar a entrada, mas o governo revogou a autorização e o avião não pode pousar em Ciudad del Este e nem pousar no país.