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Lanterna portátil ingerida pelo motor de um caça F-35 americano resulta em US$ 4 milhões de danos

Foto: USAF

A ingestão acidental de uma lanterna portátil trouxe um custo de cerca de 4 milhões de dólares na manutenção de um motor de caça F-35A, de propriedade da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF).

O incidente ocorreu em março de 2023 na base aérea de Lucas, no Arizona, durante uma operação que pretendia “instalar um plugue de medição em uma linha de combustível do motor e realizar uma verificação de vazamento no novo plugue, enquanto o motor estava em funcionamento”, segundo relatório final do Conselho de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da USAF.

Era prática rotineira manter o motor F135 em marcha lenta durante a operação. Sete minutos após o início do teste, os sensores detectaram a presença de corpos estranhos tanto na admissão quanto no escapamento do motor. A averiguação do barulho incomum emitido pelo motor, após o seu desligamento, revelou danos nas pás e a presença de uma lanterna portátil no interior.

Os danos causados pelo objeto estranho foram significativos. O motor de 14 milhões de dólares ficou tão comprometido que a reparação em nível local foi impossível. Os rotores de segundo, terceiro, quinto e sexto estágios do motor foram danificados pela lanterna, bem como o bico de combustível, o duto de bypass, o compressor de alta pressão, a turbina de alta pressão e a palheta variável de entrada do ventilador.

A principal causa apontada pela investigação foi o erro humano. Foi evidenciada a negligência do técnico, identificado como MM1, na verificação do inventário de ferramentas e na limpeza da entrada de corpos estranhos.

“A MM1 não realizou uma inspeção de entrada completa e um inventário do kit de ferramentas antes das operações de funcionamento do motor”, afirmou o Coronel Sean Brammer-Hogan, presidente do Conselho.

O Sistema de Informação Logística Autônoma do F-35, identificado pela sigla ALIS, também foi citado como um dos fatores contribuintes para o incidente. De acordo com a investigação, houve problemas de conectividade e abundância de informações irrelevantes, levando os usuários a ignorar os dados mais relevantes.

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Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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