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A LATAM Airlines está procurando por um parceiro de e-commerce da América Latina para firmar um acordo de exclusividade e aumentar sua unidade de carga, num momento em que a pandemia segue a drenar o caixa da empresa, disse Andres Bianchi, chefe da divisão de carga da empresa, em entrevista à Reuters.
O executivo disse que a empresa tem especial interesse em aumentar a capacidade de carga no Brasil, Equador e Colômbia e que, embora a assinatura de um contrato exclusivo com um e-commerce seja uma prioridade, a empresa também pode criar um sistema onde diferentes empresas que desejam participar do comércio eletrônico tenham acesso às aeronaves e rede da Latam.
O modelo de uma operação exclusiva não foi divulgado pelo executivo, mas exemplos no mundo não faltam. Vejamos, por exemplo, as parcerias que várias empresas aéreas possuem com a Amazon ao redor do mundo, onde suas aeronaves levam as marcas da gigante do varejo eletrônico, ou então a parceria que o Mercado Livre fez com operadoras aéreas no Brasil e México.
Fato é que o comércio eletrônico cresceu muito durante a pandemia e sustentou a expansão de grandes players globais, bem como outros regionais. Esse movimento impulsionou várias empresas aéreas ao redor do planeta a transforarem jatos de passageiros em cargueiros, somando-os à capacidade de carga pura, para dar conta da demanda por carga aérea.
Para citar a própria Latam como exemplo, sua unidade de carga aérea tem mostrado amplo crescimento, vindo a ser um dos destaques citados por executivos da empresa em todas as apresentações recentes de resultados. Também é uma forma que a empresa tem de contrabalancear a pouca demanda por passagens aéreas, enquanto luta para sair do processo de Chapter 11 (espécie de recuperação judicial) nos Estados Unidos.