Um potencial mercado para a Embraer tem surgido no Oriente Médio e mostra uma oportunidade de crescimento de clientes dos jatos brasileiros.
A análise é da Aircastle, um dos principais lessores, que são as empresas que compram as aeronaves e as arrendam para as companhias aéreas. Falando em entrevista à AirInsight durante o simpósio da Embraer na véspera do Dubai Airshow, o Vice-Presidente da Aircastle destacou a falta de jatos regionais no Oriente Médio.
“As outras regiões do globo têm em média a razão de 60-65% para 40-35% de jatos grandes (dois corredores) para menores (corredor único). Aqui no Golfo a média é de 90% da frota de aviões maiores e 10% dos menores. Então, é claramente uma capacidade não servida nesta parte do mundo. Regiões que não são servidas domesticamente e internacionalmente”, afirmou o executivo.
Um motivo para esta discrepância é que as companhias aéreas árabes focam em empresas que operam em um único hub, e voam entre regiões densas como a Índia, China, África e Mediterrâneo. Com a distância maior e uma demanda mais alta enquanto os voos se concentram em apenas um aeroporto, é mais lógico ter aviões de dois corredores.
Mas, ao mesmo tempo, destinos menores, e até domésticos, podem não estar sendo servidos e é onde a Embraer pode colocar seus jatos regionais. Porém, até o momento, a fabricante brasileira não anunciou nenhuma encomenda no Dubai Airshow, o maior show aéreo da Ásia e Oriente Médio, que começou hoje, 13 de novembro, e vai até a sexta-feira, 17.