A Boeing agora é a única concorrente na disputa para substituir os quadrijatos KC-135 que equipam a Força Aérea Americana (USAF).
O Boeing KC-135 Stratotanker entrou em operação na USAF no final da década de 1950 e, desde então, tem sido o principal avião de reabastecimento dos EUA e o maior em operação no mundo. Hoje na versão KC-135R, com motores CFM-56 que equipam o civil Boeing 737, o modelo tem chegado no final da sua vida útil.
Olhando para o futuro, a USAF abriu uma concorrência para substituir os seus 388 jatos KC-135R em operação. No passado a Boeing tinha levado a melhor frente à Airbus com o KC-46 Pegasus, versão adaptada do civil 767-200ER para reabastecimento aéreo.
Na época, uma grande polêmica foi gerada, já que a outra opção, o Airbus A330MRTT, era claramente maior e mais capaz do que o KC-46, com várias acusações de protecionismo por parte de concorrentes. Porém, esta concorrência era para um número menor de aeronaves, já que elas visavam substituir o KC-10 Extender, versão militar do trijato Douglas DC-10.
Agora, sem aviso prévio, a Lockheed Martin que era a parceira da Airbus para venda e construção dos EUA do A330 MRTT, denominado Projeto LMXT, anunciou que não vai responder ao pedido de proposta enviado pela USAF para captação de informações iniciais para a licitação de compra de novos jatos para substituir o KC-135R.
Em nota oficial, a empresa, que é a maior contratante do Pentágono, disse que “não vai responder ao Pedido de Informações (RFI) para a renovação da frota de KC-135 da Força Aérea dos Estados Unidos. Estamos direcionando a equipe e os recursos da Lockheed Martin LMXT para novas oportunidades e programas prioritários dentro da Lockheed Martin, incluindo o desenvolvimento de soluções de reabastecimento aéreo em apoio à iniciativa do Sistema de Reabastecimento Aéreo de Próxima Geração (NGAS) da USAF. Mantemos nosso compromisso com a entrega acelerada de capacidades avançadas que fortalecem as missões de reabastecimento aéreo da USAF”.
Com isso, a Boeing segue oficialmente sendo a única concorrente da licitação com o KC-46A Pegasus. A Airbus ainda não se pronunciou e tem a possibilidade de tentar novamente concorrer com a Boeing sozinha, como foi na licitação para substituir o KC-10.
