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Low-cost americana informa que não vai “apertar mais” os passageiros de seus aviões Boeing 737

A Southwest Airlines confirmou que os novos interiores das aeronaves Boeing 737 MAX serão desenhados com base na configuração atual de 175 assentos e que não irá adicionar assentos extras.

Na sexta-feira, a Southwest Airlines revelou em vídeo (abaixo) os novos interiores para seus aviões 737 MAX, que devem chegar a partir do início do próximo ano. Os assentos foram feitos pela Recaro e contêm suportes para dispositivos pessoais.

Os novos assentos Recaro contam com um apoio de cabeça ajustável para melhor suporte de cabeça e pescoço. “Os assentos foram desenhados de forma intuitiva para garantir máximo conforto, ao mesmo tempo em que maximizam a largura e o suporte geral”, anunciou a companhia aérea.

As poltronas também incluirão suportes para dispositivos eletrônicos pessoais, para que os passageiros possam utilizar seus próprios dispositivos para assistir ao entretenimento de bordo gratuito. A companhia aérea começou a equipar assentos com portas de energia USB A e C há dois anos, nos atuais Boeing 737 MAX 8 e 737-800.

Segundo o diretor comercial da Southwest, Ryan Green, a companhia possui o melhor produto econômico da indústria. Com uma distância de 32 polegadas (cerca de 81 cm) entre os espaços para as pernas em seus Boeing 737-800 e MAX 8, e 31 polegadas nos 737-700, a Southwest supera rivais como Delta, United e American, que oferecem 30 polegadas de espaço.

Vale lembrar, no entanto, há uma cláusula nos contratos com os pilotos para que as negociações salariais sejam retomadas caso a companhia decida voar com mais passageiros a bordo. Em dezembro, os 11 mil pilotos da Southwest Airlines chegaram a um acordo preliminar com a empresa sobre salários mais altos e melhores condições de trabalho, após três anos de negociações com a direção da companhia aérea.

Durante a pandemia de 2020 a 2022, houve um excedente de pilotos nos Estados Unidos, levando à uma redução temporária dos salários. Agora, o cenário se inverteu: as companhias aéreas estão desesperadas por pessoal, permitindo que os sindicatos os empurrem para aumentar os salários.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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