Lufthansa acredita que a União Europeia aprovará a compra da ITA Airways

Airbus A330neo da ITA Airways

A Lufthansa anunciou que espera receber a aprovação da União Europeia para adquirir a ITA Airways “ainda este ano”. O acordo enfrenta múltiplos obstáculos. Um deles é o possível adiamento até depois das eleições para o Parlamento Europeu, em junho.

Além disso, a questão jurídica relativa aos funcionários da antiga companhia aérea nacional Alitalia deve ser resolvida. Até o momento, 44 decisões judiciais rejeitaram a reintegração de 1.094 funcionários, reporta o Aviacionline.

A Lufthansa ofereceu 325 milhões de euros para adquirir uma participação de 41% na ITA Airways. Esses recursos são cruciais para a companhia aérea italiana e serão injetados no âmbito de um aumento de capital. No entanto, o negócio está paralisado desde janeiro deste ano, quando a Comissão Europeia lançou uma investigação antitruste.

O motivo: o receio de que esta operação pudesse, de alguma forma, restringir a concorrência, especialmente no transporte de passageiros de curta e longa distância. A autoridade europeia pretende determinar se a ITA Airways, a Lufthansa, a United Airlines e a Air Canada devem ser consideradas uma entidade única após a fusão.

O grupo está a trabalhar em estreita colaboração com a Comissão Europeia para chegar a uma rápida conclusão e subsequente implementação da transação”, explicou a Lufthansa. A companhia aérea alemã aguarda esclarecimentos das autoridades europeias da concorrência “nas próximas semanas“. Conforme relatado pela Reuters, a Lufthansa está preparada para oferecer soluções específicas para quaisquer questões que a Comissão possa ter.

A investigação tem prazo legal máximo de até 90 dias e, portanto, pode ser prorrogada até 6 de junho de 2024. No entanto, a Comissão tem competência para solicitar prorrogações adicionais. A Lufthansa espera receber as primeiras resoluções até meados de março.

A Lufthansa deixou claro que se retirará da operação se as condições impostas pela União Europeia para a compra da ITA Airways forem excessivamente restritivas e “os custos superarem os benefícios“. A UE poderia exigir que a companhia aérea alemã cedesse slots, direitos de tráfego e aeronaves para aprovar a operação.

Leia mais:

Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

Veja outras histórias