O Presidente Lula estaria insatisfeito com a pouca preferência das empresas aéreas nacionais com jatos da Embraer. Hoje, apenas a Azul Linhas Aéreas faz voos comerciais com jatos Embraer no Brasil e foi a primeira a estabelecer voos com aeronaves nacionais por um longo período: 15 anos.
Por serem aeronaves de menor porte que os jatos Airbus A320 e Boeing 737, que sempre dominaram o mercado e o Brasil, os jatos Embraer nunca foram a opção primária de várias empresas, mas isso tem desagradado o Presidente da República, principalmente quando comparado ao mercado americano.
“A Embraer já vendeu mais de 1.000 aeronaves e os aviões estão presentes em um terço das rotas regionais. O presidente Lula até reclamou que Gol e Latam não compram nossos aviões para usar em rotas regionais. Só a Azul. A Embraer já vendeu mais de US$ 7 bilhões para os EUA e está aqui conosco em uma nova rodada com investidores”, afirmou Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, à Folha de São Paulo, durante uma rodada de captação de investimentos nom ercado americano.
Os EUA, porém, tem uma característica especial: Por convenção coletiva dos sindicatos dos pilotos das grandes aéreas, as regionais (que são sempre terceirizadas) podem operar aviões apenas até um tamanho definido.
Hoje, o maior avião em produção que se encaixa nesta limitação é o Embraer E175-E1. Então, para as regionais, ou elas compram o jato brasileiro ou vão ter que voar um avião menor, perdendo competividade. Com isso a fabricante brasileira “nada de braçada” no mercado que virou um certo monopólio, que só mudará caso as aéreas convençam os pilotos do contrário, o que não tem prazo para acontecer.
