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Mais de 3.000 passageiros foram afetados por bloqueio do governo português, acusa Ryanair

Boeing 737 MAX-8-200 – Imagem: Ryanair

A companhia aérea irlandesa Ryanair afirma que milhares de passageiros foram afetados a partir do domingo, 31 de outubro, após ter seus novos voos de Portugal para o Marrocos bloqueados pelo país europeu.

Segundo a companhia declara em nota, o cancelamento, pelo Ministério da Infraestrutura e pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) de Portugal, da abertura de três novas rotas para o Marrocos foi ilegal.

A ação causou o cancelamento desnecessário de voos, prejudicando mais de 3.000 passageiros portugueses que deveriam ter viajado a partir desse último domingo em função do feriado.

A empresa ainda complementa que essa ação é uma violação clara do Acordo de Céus Abertos da União Europeia em vigor com o Marrocos, que a Ryanair opera entre Portugal e Marrocos há mais de três anos e que é inexplicável que o governo português não tenha emitido autorizações de voo para permitir a operação dessas rotas.

“É simplesmente afrontoso que burocratas sem rosto do Departamento de Infraestrutura se recusaram a permanecer em seus escritórios na sexta-feira para resolver o assunto, mas, em vez disso, partiram para o fim de semana do feriado enquanto destruíam os planos de feriado para mais de 3.000 de seus concidadãos.

“A Ryanair lamenta a perturbação desnecessária causada aos nossos passageiros por esta ação ilegal do Departamento de Infraestruturas de Portugal e irá tratar de arranjos alternativos de viagem e/ou reembolsos para os passageiros afetados”, diz Jason McGuinness, diretor comercial do Ryanair’s Group.

Em nota, a ANAC confirmou que recusou o requerimento da Ryanair para operar em novas rotas para o Marrocos, e que essa ação foi tomada após a empresa não enviar a documentação necessária às autoridades de aviação civil de Portugal, não sendo possível proceder à análise dos elementos e emitir as autorizações requeridas.

A Agência também ressaltou que convidou a Ryanair a enviar os documentos em falta com antecedência suficiente, mas que não houve o atendimento por parte da companhia.

Vale pontuar que a Ryanair está envolvida em longa disputa com a TAP Portugal, acusando-a de impedir a expansão de suas operações no país através de ações do governo, que detém o controle da companhia. Leia mais sobre o assunto no título listado abaixo.

Com informações de Ryanair’s Group e Autoridade Nacional de Aviação Civil.

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