Uma reação negativa do mercado aos detalhes de um plano de reestruturação de dívida, levou as ações da GOL Linhas Aéreas Inteligentes a caírem cerca de 16% em cinco dias na última semana. Como detalha uma matéria da Reuters, a empresa divulgou que os acionistas podem sofrer uma diluição potencial de até 80%.
O comunicado de 15 de agosto teve impacto ainda maior após o Citigroup emitir um relatório sobre os papéis da empresa brasileira. As preocupações com o risco de diluição foram reforçadas por opiniões dos analistas do Itaú. No entanto, aqueles direitos garantidos aos acionistas oferecem a possibilidade de preservar sua participação acionária, desde que os warrants sejam subscritos.
Na semana, a GOL divulgou que o Conselho aprovou a emissão de warrants para a subscrição de ações preferenciais. Assim, até 1.891.497.584 bônus de subscrição de ações preferenciais estão disponíveis, permitindo ao titular subscrever uma ação preferencial. Entretanto, um aviso separado aos acionistas revelou um risco elevado de diluição, dependendo do montante de bônus subscritos.
A emissão visa a transação de dívida permutável da GOL Equity Finance. Como parte do processo, o Grupo Abra, acionista controlador da GOL, pretende transferir direitos de preferência de subscrição de warrants para a GOL Equity Finance. Haverá uma subscrição mínima de 991.951.681 warrants.
Os titulares de bônus receberão direitos de preferência garantidos na subscrição de warrants e poderão converter todos os seus warrants em ações, mantendo sua participação acionária na empresa. Os warrants têm preço de R$ 5,84 (US$ 1,17) e preço de exercício de R$ 5,82 (US$ 1,16).
A emissão é assessorada pela Evercore Group LLC, e pela Apsis Consultoria Empresarial Ltda. Os detentores de bônus terão a opção de exercer seus direitos de subscrever ações preferenciais entre 18 de agosto de 2023 e 2 de março de 2028. O resultado será uma possível diluição de até 81,87%, dependendo do montante subscrito.
