A implementação de modernizações na frota de bombardeiros pesados B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) foi novamente adiada, com a previsão de que a mais recente variante B-52J alcance a capacidade operacional inicial (IOC) apenas em 2033.
Essa modernização inclui uma gama de sistemas de bordo, como novos motores, sistemas de aterrissagem, geração de energia elétrica e telas de cockpit. Os atuais bombardeiros B-52H também receberão um sistema de radar aprimorado.
Os novos atrasos na iniciativa de modernização foram detalhados no relatório anual do Escritório de Responsabilidade Governamental dos EUA (GAO) sobre programas de aquisições de armas do Pentágono, divulgado em 17 de junho.
Os atrasos se devem em parte à falta de fundos para completar o projeto, segundo o GAO. O novo prazo para a realização do IOC nos bombardeiros B-52J reabastecidos está agora previsto para 2033, o que representa uma modificação de três anos em relação às estimativas anteriores.
Embora a Rolls-Royce seja a fornecedora de propulsão, a Boeing, contratante principal do B-52, está supervisionando os esforços de integração. Já o Programa de Modernização do Radar B-52 (RMP) busca substituir o atual radar APQ‑166 da Northrop Grumman pelo Sistema Modernizado de Radar de Bombardeiro (BMRS), um modelo pronto para uso da Raytheon.
No entanto, o GAO registra que o RMP enfrenta superações de custos, com margem de crescimento de 12,6% além da estimativa inicial de 2021. O cronograma atual do RMP prevê uma decisão sobre a produção inicial de baixa taxa (LRIP) dos primeiros 11 radares que deve ocorrer antes da conclusão dos testes no primeiro BMRS representante de produção.
O cronograma atual do RMP está prevendo uma decisão de LRIP em março de 2025, com testes de protótipo ocorrendo posteriormente naquele ano, em junho.
