Moradores pedem área verde após desativação do Aeroporto Carlos Prates (MG)

Aeroporto Carlos Prates

Representantes de moradores vizinhos ao aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, que deverá ser desativado no último dia deste ano, defenderam que o espaço seja destinado a uma área verde. O vice-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, pediu mais tempo ao governo federal para debater o destino da área.

O tema foi discutido na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados na última quinta-feira (16), a pedido do deputado Rogério Correia (PT-MG).

Na ocasião da discussão, o referido deputado citou que no dia 7 de agosto a comissão realizou uma diligência no local, “onde foi possível averiguar atraso na definição da destinação futura dos aeroclubes e a relevância ao interesse público da destinação do imóvel público, para implantação de equipamentos comunitários ou destinação social de acordo com as necessidades sociais da área e sua aptidão urbanística ao terreno, mitigando as necessidades dos munícipes, de maneira a aproveitar no potencial máximo a função social do imóvel público”.

Além do pedido por parte da comunidade de moradores para que o local abrigue uma área verde, há também um questionamento sobre para qual local serão transferidas as atividades locais que o aeroporto abriga.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, o prazo e a desativação do aeroporto podem ser revistos.

O Aeroporto Carlos Prates começou a funcionar em 1944 e abriga hoje o Aeroclube de Minas Gerais, dedicado à aviação desportiva, geral de pequeno porte e de helicópteros, manutenção, instrução, e construção de ultraleves. Além disso, o local serve para treinamento e formação de pilotos de helicóptero da Polícia Militar, Federal e dos bombeiros.

O local foi o segundo aeroporto da capital mineira, construído anos depois do Aeroporto da Pampulha. O terreno era uma fazenda de propriedade de Alípio de Melo, grande figura da cidade e que cedeu terreno ao aeroclube com uma condição: que ele fosse usado para fins aeronáuticos.

Caso o uso do terreno fuja a este fim e seja usado para construção civil, ele pode ser reclamado pela família de Alípio de Melo e o assunto virar um imbróglio judicial.

Informações da Câmara dos Deputados

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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