Mulher trans se queixa por não ser chamada de “senhorita” em voo e é banida de rede social chinesa

Imagem: Byeangel, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

Uma decisão da mídia social chinesa Weibo gerou repercussão entre muitos usuários, após uma mulher transgênero de 17 anos ter sido banida da plataforma após reclamar do atendimento que recebeu durante um voo. No entanto o caso teve uma reviravolta mais tarde, que depôs contra a jovem.

Tudo começou depois de um voo recente da Juneyao Airlines, quando os comissários de bordo na cabine da Classe Executiva se dirigiam aos passageiros pelo sobrenome e pronome, exceto o da menor, que esperava ser chamada de “Senhorita Li”.

Irritada porque os comissários não utilizaram um pronome, a jovem se queixou do comportamento na rede social, diz uma reportagem do South China Morning Post. No vídeo publicado, a comissária-chefe aparece pedindo desculpas seguidamente. Neste ponto, muitos usuários já estavam criticando a jovem pela exposição da profissional, que estava reconhecendo seu erro.

Uma reviravolta, no entanto, aconteceu depois que seu perfil na rede social da jovem começou a ganhar repercussão. Usuários encontraram um vídeo publicado por ela no começo do ano, que a mostrava sendo detida pela polícia após entrar em uma luxuosa casa de banho pública para mulheres usando um cartão de identificação falso.

Como resultado, a mulher trans – que não passou pela cirurgia de mudança de sexo – enfrentou uma onda de críticas por infringir os direitos de privacidade de outras mulheres. A mídia social chinesa, então, excluiu a mulher, acusando-a de “práticas maliciosas de marketing”.

Apesar de sua saída da rede, sua reputação seguiu abalada, com usuários questionando a ética por trás de suas ações recentes.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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