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“Não teríamos condições de ofertar passagens a R$200 para todos”, afirma Ministro

Foto – DepositPhotos

O Programa Voa Brasil foi mal interpretado desde o seu lançamento, afirmou o Ministro de Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho. A proposta feita por seu antecessor, Márcio França, era para que as aéreas vendessem os assentos que normalmente saem vazios por R$ 200, direcionando as tarifas para pensionistas e estudantes de baixa-renda.

No entanto, esta proposta nunca foi colocada em prática, já que afetaria em muito a chamada “venda de oportunidade” do setor, além de atrapalhar o uso do benefício de voos pelos funcionários.

O programa, desde então, foi adiado e agora deverá sair até março, um ano após o anúncio inicial, mas reunindo passagens promocionais até R$200 em baixa temporada, visando o mesmo público-alvo inicial. O governo, porém, não explicou se essas tarifas serão exclusivas do canal do Programa Voa Brasil.

Nós não teríamos condições de, do dia para noite, ofertar passagens a R$ 200 para todos. O que estamos fazendo através da primeira etapa do Voa Brasil é poder elencar segmentos da sociedade”, afirmou o Ministro.

O governo continuará trabalhando para dar uma linha de crédito de até R$6 bilhões para financiamento das companhias aéreas, que deve sair através do BNDES, destinada ao refinanciamento de dívidas já existentes e compra de novos aviões.

A LATAM já sinalizou querer comprar 15 aviões, a Gol, 10, e a Azul, mais 16. Isso significa mais voos operando no país. Queremos ampliar a quantidade de destinos”, afirmou o Ministro, segundo reporta a Infomoney.

Não está claro se isso já são pedidos existentes de aeronaves, e principalmente, se os novos jatos irão apenas somar às frotas ou irão substituir aviões mais antigos em operação, que têm sido a maioria do casos no Brasil, principalmente com as empresas focadas em reduzir o custo operacional com aviões mais eficientes e econômicos.

Para o Ministro, a principal polêmica em torno do “Voa Brasil” foi a comunicação inadequada de Márcio França, que segundo Silvio Costa Neto “colocou que seriam passagens a R$200 para o povo. E, quando vamos analisar o que estava sendo construído, não dialoga com os fatos”, indicando que é impossível ofertar para todos (ou boa parte da população) passagens aéreas mais baratas ainda que limitadas.

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