Bill Nelson, administrador da NASA, a Administração Nacional de Aeronáutica e Espacial dos Estados Unidos, visitou hoje, 25 de julho, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e as instalações da Embraer. Em seguida, discussões aprofundadas ocorrerão entre cientistas dos dois países.
Além de Nelson, a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, também participou da visita institucional à Embraer, que ocorreu nas instalações de São José dos Campos, interior de São Paulo.
Eles foram recebidos pelo presidente & CEO da Embraer Francisco Gomes Neto, que apresentou as iniciativas tecnológicas da empresa para o futuro da aviação sustentável. A comitiva americana conheceu ainda a linha de produção dos jatos comerciais da família E-Jets, informou a fabricante brasileira.
Segundo a Agência Brasil, Nelson também teve encontro, na segunda-feira, 24, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, em Brasília. O principal foco da discussão foi o interesse da NASA em ampliar sua parceria com o Brasil, com foco específico no monitoramento do desmatamento da floresta amazônica e na implementação de medidas de preservação.
“Nossos satélites já enviam muitas imagens e informações para os cientistas aqui no Brasil localizarem a destruição da floresta e vamos lançar, futuramente, três novos satélites que vão aumentar muito a capacidade de identificar e prevenir o desmatamento”, disse Bill Nelson à imprensa após o encontro.
A expectativa é de que Lula tenha uma conversa por telefone com o presidente Joe Biden para aprofundar os assuntos abordados no encontro. Este telefonema está previsto para ocorrer ainda nesta semana.
Entre as possíveis colaborações discutidas, Nelson enfatizou a possibilidade de alavancar os instrumentos avançados da NASA para aumentar a produtividade agrícola, detectando níveis de umidade no solo e no ar e identificando pragas.
Cooperação Aeroespacial
Após o encontro, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, explicou que qualquer tipo de parceria no monitoramento florestal depende da aprovação das autoridades científicas que acompanham a política aeroespacial brasileira.
Essas autoridades, alinhadas à política aeroespacial brasileira, determinarão o uso adequado de equipamentos e sistemas e avaliarão a viabilidade do intercâmbio de dados.
A ministra também destacou o próximo lançamento de um novo radar sintético, capaz de capturar imagens através da cobertura de nuvens, o que ajudará significativamente no combate ao desmatamento na Amazônia, e reiterou o compromisso do INPE em fornecer informações precisas para esse fim. Ela expressou o apoio do Brasil a todo tipo de “avanço tecnológico capaz de garantir o melhor monitoramento de nossa floresta”.