O governo noruguês informou hoje que irá financiar as companhias aéreas Norwegian e SAS para que sobrevivam à crise do Coronavírus.
Serão destinados em torno de 6 bilhões de coroas noruguesas (R$ 2 bilhões) para o setor aéreo, sendo que metade desse valor seria exclusivo para a Norwegian Air, que se encontra na situação mais crítica.
Do R$ 1 bilhão restante, metade irá para a SAS e R$ 500 milhões para outras empresas aéreas regionais, como a Widerøe. Porém, não será tão simples colocar a mão nesse dinheiro.
Para conseguir o investimento, as empresas terão que ter ao menos 8% de equity. Em termos básicos, este valor é o patrimônio líquido da empresa, que é a resultante de todos os ativos da empresa menos os passivos. Logo a diferença entre o montante dos passivos e dos ativos da companhia não pode ser menor que 8%.
Nesta condição, apenas a SAS e a Widerøe seriam qualificáveis para a injeção de dinheiro por parte do governo norueguês. Porém, a Norwegian Air afirmou que está trabalhando para atingir este número e que também conversa com o governo para conseguir o dinheiro.
Além disso, o governo local está dividindo em duas fases este investimento que será uma espécie de empréstimo, tendo como garantias ações nas empresas, veja como será:
- Na primeira fase, as empresas receberão no máximo R$ 132 milhões com a condição que achem um banco privado ou investidor para entrar com 10% do montante;
- Já na segunda fase serão disponibilizados mais R$ 528 milhões, desde que os investidores da empresa paguem juros e se comprometam a fazer investimentos num período de três meses.
Práticas anticompetitivas estão permitidas
Além destes anúncios, o Ministro de Transporte e Indústria, Iselin Nybø, anunciou que todas as leis anti-truste serão nulas por três meses.
Dentre elas está a formação de cartel para combinação de preços e rotas. As empresas serão perdoadas por práticas assim desde que mantenham os voos e serviços essenciais à população.
“Normalmente a SAS e a Norwegian Air não podiam combinar para onde irão voar e como, porém nesta situação em especial, existe a necessidade de ignorar isso (a lei) para garantir que os produtos e pessoas cheguem onde precisam”, afirmou o Ministro.
Com informações dos jornais Nrk.no e Check-In.Dk