Nova tecnologia deixa cabines de avião mais quentes sem usar ar quente

Equipamento mostra as superfícies aquecidas pela tecnologia – Imagem: LITEHEAT

Embora os passageiros da primeira classe e executiva tenham acesso às tecnologias e ao ambiente de voo da mais alta qualidade, enquanto vários aspectos da cabine melhoram a cada ano, a tecnologia de aquecimento não mudou quase nada em décadas.

Os sistemas de aquecimento de última geração a bordo continuam usando ar quente ventilado através de uma série de pequenas aberturas na cabine, de forma que um alto fluxo de ar volumétrico é necessário para manter as temperaturas confortáveis ​​da cabine. Isso muitas vezes resulta em alguns passageiros usando cobertores para se manterem aquecidos, por conta da ineficiência do método.

Ou seja, as soluções de aquecimento de ar forçado de hoje simplesmente não são capazes de fornecer o tipo de conforto térmico que se espera em uma cabine executiva ou de primeira classe, sem exigir uma enorme quantidade de energia de aquecimento.

Mas, segundo promete o grupo Villinger GmbH, sua nova tecnologia chamada de LITEHEAT é a mais nova responsável pelo aquecimento para cabines de aeronaves, sendo capaz de criar o mesmo ambiente térmico e níveis de conforto que se esperaria em casa, precisando de apenas uma fração da potência de aquecimento dos sistemas convencionais.

Utilizando uma tecnologia única de revestimento eletricamente aquecido (referida como “camada de aquecimento”) que pode ser aplicada em uma variedade de superfícies na cabine, é o primeiro sistema de aquecimento de cabine a contar com radiação infravermelha (IR) em vez de aquecimento convectivo.

Uma fonte de infravermelho transfere calor para um corpo ou objeto à distância, exatamente como o Sol aquece a Terra. Portanto, é garantida uma experiência muito mais agradável e confortável para os passageiros. Se o calor de contato de massa de ar for necessário, os sistemas LITEHEAT também podem ser fabricados de acordo para reduzir as emissões de infravermelho e gerar apenas o calor de contato.

Segundo a empresa, a instalação do LITEHEAT é semelhante à aplicação de tinta, onde a camada de aquecimento é aplicada na superfície como um revestimento ultrafino (menos de 0,2 mm de espessura e pesando menos de 150 gramas/m²) e corresponde à forma e geometria exatas da peça.

Uma vez cobertos com qualquer tipo de material de acabamento escolhido pelo cliente, os aquecedores LITEHEAT tornam-se totalmente imperceptíveis. Quando aplicado por trás de um painel de parede lateral, por exemplo, a aparência externa do painel permanece inalterada.

Conforme a voltagem é aplicada à camada de aquecimento, um calor uniforme em toda a face é gerado instantaneamente e o passageiro experimenta imediatamente um aquecimento infravermelho agradável.

Além de aumentar o conforto da cabine e reduzir o consumo de energia, outra vantagem dos sistemas LITEHEAT é o efeito de autocontrole que evita pontos quentes na superfície ou um aumento descontrolado de calor local. Além disso, os sistemas LITEHEAT têm uma tolerância a danos muito alta e podem ser facilmente reparados ou substituídos em caso de danos graves.

De uma maneria mais simplificada, a tecnologia LITEHEAT converte várias partes e áreas de superfície da cabine, como painéis laterais, tetos, pisos, portas, painéis de instrumentos e muito mais, em radiadores infravermelhos de grande escala, sem alterar sua forma ou aparência.

A empresa afirma que a nova tecnologia pode ser usada para substituir totalmente o ar de sangria no interior do avião ou simplesmente eliminar pontos frios dentro da cabine.

Informações da LITEHEAT

Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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