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Operação aérea da Marinha combate incêndio subterrâneo na Reserva Biológica do Lago Piratuba

Imagem: Marinha do Brasil

Desde o dia 11 de novembro, aeronaves e militares da Marinha do Brasil (MB) estão mobilizadas em uma intensa operação para conter um incêndio subterrâneo que assolou a Reserva Biológica do Lago Piratuba, localizada no leste do Amapá. Mais de 27 mil hectares de floresta já foram consumidos pelas chamas, sendo 8 mil apenas dentro dos limites da reserva, que possui uma área total de 392.474,85 hectares distribuídos entre os municípios de Amapá e Tartarugalzinho.

O desafio para os militares é único, pois o incêndio, alimentado pela queima de turfa a profundidades que variam entre 40 cm e 1,5m, exige uma abordagem aérea especializada. A bordo do AH-15B – Super Cougar, de matrícula N-7105, do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte, sediado em Belém (PA), uma equipe composta por 13 militares se destaca na linha de frente dessa batalha contra as chamas.

A operação já acumula mais de 60 horas de voo, destacando a dedicação incansável da tripulação. As missões incluem o transporte estratégico de cargas e brigadistas para áreas críticas, além do lançamento preciso de água nos focos de incêndio. A aeronave, equipada com uma rede para carga externa, desempenha um papel crucial na logística e no suporte às ações em terra.

Imagem: Marinha do Brasil

O Capitão de Corveta André Medina, Comandante da operação, compartilha a complexidade única enfrentada pela equipe: “Devido à grande extensão e à natureza do fogo, há uma quantidade enorme de fumaça na atmosfera, impedindo o voo visual. O terreno é macio e não sustenta o peso da aeronave, sendo necessário o embarque e desembarque de pessoas e carga com a aeronave em potência de voo.

O helicóptero em operação possui um equipamento bambi bucket, uma tecnologia que permite armazenar até 600 litros de água, proporcionando uma resposta ágil e eficaz aos focos de incêndio. Cada voo se torna uma estratégia cuidadosamente planejada, com o objetivo de controlar o fogo superficial que se alastra rapidamente.

Enquanto as ações em terra, conduzidas por brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), buscam interromper o avanço do fogo cavando trincheiras, o papel das aeronaves se destaca na contenção direta do incêndio.

Segundo o ICMBio, o incêndio teve início em uma fazenda no entorno imediato da Reserva Lago Piratuba, e as autoridades estão conduzindo investigações para identificar os responsáveis.

Informações da Marinha do Brasil

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